Publicado em 10/03/2024 às 09:10, Atualizado em 10/03/2024 às 13:14
Das 27 capitais, 18 registraram tendência de crescimento do número de casos nas últimas seis semanas
Todas as regiões do Brasil apresentaram elevação do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O boletim Infogripe, divulgado na última quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que, apesar disso, há uma distinção em relação aos vírus respiratórios para cada área do país.
Enquanto no Centro-Sul prevalece a Covid-19, outras regiões como Sudeste registram, além da Covid, quadros de influenza, ou seja, o vírus da gripe. No Norte e no Nordeste brasileiros também houve aumento de casos de influenza, principalmente entre a população adulta.
O levantamento revela, ainda, que 18 das 27 capitais apresentam tendência de crescimento do número de casos de SRAG nas últimas seis semanas. Confira quais são:
Aracaju (SE)
Belém (PA)
Campo Grande (MS)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Fortaleza (CE)
Goiânia (GO)
Macapá (AP)
Maceió (AL)
Palmas (TO)
Porto Alegre (RS)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
São Luís (MA)
São Paulo (SP)
Teresina (PI)
Vitória (ES)
Além da elevação na quantidade de casos de Covid-19 e Influenza, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para o avanço do vírus sincicial respiratório, que costuma afetar mais crianças e idosos.
“Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até 2 anos de idade, mas sabemos também que os idosos têm risco de vir a falecer por conta do VSR. Então, com a retomada desse vírus, tanto crianças pequenas quanto idosos têm que ficar atentos. E o VSR, em particular, vemos em todas as regiões do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. É um cenário que requer bastante atenção”, disse Gomes.
Em relação aos casos de covid-19 e gripe, Gomes também pontuou que a aplicação de vacinas é uma das principais medidas que devem ser adotadas. Segundo ele, o uso de máscaras também é essencial. “A máscara diminui o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, neste momento, estão recebendo muita gente infectada”, considera.