Publicado em 01/08/2022 às 15:34, Atualizado em 02/08/2022 às 17:47

Nova Andradina - Secretaria Municipal de Saúde orienta sobre atendimento a possíveis casos suspeitos de varíola de macacos

Cogecom,
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Imagem: Arquivo

Em razão do registro de 17 notificações de Monkeypox ou da chamada “varíola dos macacos” no estado de Mato Grosso do Sul no mês de julho, sendo 5 casos confirmados, 3 descartados e 9 suspeitos, e devido a maior parte dos casos se concentrarem em São Paulo/SP:

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Andradina emitiu um comunicado para orientar a população sobre a prevenção, controle da transmissão da doença e atendimento a possíveis suspeitos.

Conforme o setor de vigilância epidemiológica, o atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas Unidades Básica de Saúde (UBS) da Atenção Primária, indicando-se internação hospitalar para casos que apresentem sinais de gravidade, na maioria dos casos a evolução da doença é autolimitada, sendo o tratamento de suporte realizado a Nível de Atenção Primária. As evidências atuais disponíveis sugerem que os indivíduos que estão em maior risco são aqueles que tiveram contato físico próximo com pessoas sintomáticas.

Caso seja identificado um caso suspeito no serviço de saúde, deve-se iniciar imediatamente o isolamento de 21 dias, até a completa cicatrização das lesões cutâneas, o rastreamento e a identificação de contatos, a fim de ser estabelecer medidas necessárias para prevenção da disseminação desse vírus para outras pessoas.

TRANSMISSÃO

A Monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. A transmissão secundária, ou seja, de pessoa a pessoa, pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminado. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.

SINAIS E SINTOMAS

O período de incubação (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da Monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.

clinicamente, a infecção pode ser dividida em dois períodos:

• O período febril (entre os dias 0 e 5): caracterizado por febre, cefaleia intensa,

adenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dores

musculares) e astenia intensa (falta de energia). A adenopatia é um sinal

importante para o diagnóstico diferencial da Monkeypox com outras doenças que

podem apresentar sintomatologia semelhante como a varicela e o sarampo);

• O período de erupção cutânea (entre 1 e 3 dias após o início da febre):

quando aparecem as diferentes fases da erupção cutânea, que geralmente afeta

primeiro o rosto e depois se espalha para o resto do corpo. As áreas mais afetadas são a face (em 95% dos casos), as palmas das mãos e as plantas dos pés (em 75% dos casos). Também são afetadas as mucosas orais (em 70% dos casos), genitália (30%) e conjuntiva (20%), bem como a córnea. A erupção evolui sequencialmente de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões firmes levemente elevadas), vesículas (lesões cheias de líquido claro), pústulas (lesões cheias de líquido amarelado) e crostas, o que ocorre em cerca de 10 dias e após isso essas crostas secam e caem. O número de lesões é variado. Em casos graves, as lesões podem coalescer até que grandes porções de pele se desprendam.

VIGILÂNCIA

Todos os profissionais de saúde que atuam em qualquer tipo de serviço de saúde (atenção primária, ambulatórios, consultórios, clínicas, hospitais, etc) devem estar atentos aos pacientes que apresentam erupção cutânea aguda que progride em estágios sequenciais de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas que são frequentemente associadas a febre, adenopatia e mialgia.

Os casos suspeitos, incluindo trabalhadores de saúde potencialmente expostos, devem ser imediatamente notificados nos órgãos competentes, conforme orientações do Ministério da Saúde, para que ações oportunas possam ser implementadas.

Com informações da Anvisa e Cievs-MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde).