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À frente da Casa Civil, Eduardo Rocha diz que será um facilitador político para as demais secretarias

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Imagem: Álvaro Rezende

Para assumir a Secretaria da Casa Civil, o governador Eduardo Riedel escolheu o ex-secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Rocha.

Formado em economia, Rocha foi eleito 3 vezes como deputado estadual de Mato Grosso do Sul e hoje seu desafio é desenvolver a coordenação política do governo, em relação à nova administração federal, à Assembleia Legislativa e ainda a interface com os Municípios.

Além de executar, junto com a secretaria executiva do interior e da capital, os contratos de gestão para os próximos anos com cada um dos municípios. Rocha já adianta que é um grande desafio de coordenação que será compartilhado com outras secretarias em face de sua dimensão e extensa transversalidade.

Secretário, seu desafio é desenvolver a coordenação política do governo, em relação à nova administração federal, a Assembleia Legislativa e ainda a interface com os municípios. Como você pretende conduzir este trabalho, especialmente mantendo a independência e a harmonia entre os poderes?

A Casa Civil é um facilitador político para as demais secretarias do Governo do Estado. Quero manter uma relação direta com a Assembleia Legislativa, com o Tribunal de Justiça, com o Tribunal de Contas, com o Ministério Público e com a Defensoria Pública, e ainda fazendo a coordenação das políticas públicas em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Essa é a minha incumbência. Estou montando uma equipe ampla que tenha capacidade de atender prefeitos, vereadores, os deputados estaduais, o escritório de representação de Brasília, com deputados federais e senadores da República. Buscando verbas para o nosso Estado.

Na esfera federal, o senhor prevê alguma dificuldade? Como o senhor imagina que será o trânsito das reivindicações de MS em Brasília? E de que forma o senhor acredita que a ministra Simone Tebet pode ajudar nesse diálogo?

"Nosso Estado está muito bem representado, com duas ministras"

Acho que será muito tranquilo. O presidente Lula já marcou uma audiência no dia 27 de janeiro com todos os governadores. Estaremos lá junto. Já pediu para levar os estudos dos quatro maiores projetos de Mato Grosso do Sul para que ele possa validar. Nosso Estado está muito bem representado, com duas ministras daqui. E falando em nome da Ministra Simone Tebet, de Planejamento e orçamento, uma das principais pastas do Governo Federal, que pode ajudar muito Mato Grosso do Sul.

Aqui no Estado, na Assembleia Legislativa, que foi sua casa por três mandatos consecutivos, o senhor espera ter um pouco mais de tranquilidade? Sua experiência como deputado te deixa mais à vontade?

Acho que não só a minha experiência como deputado, mas também as várias amizades que fiz durante 12 anos na Assembleia Legislativa. Isso, com certeza, será um facilitador. Eu já tenho conversado com todos os deputados. É claro, que não haverá unanimidade, surgirão discordâncias, nós iremos para os embates. Mas mostrando que os projetos que o Governo do Estado faz são para beneficiar Mato Grosso do Sul.

Aliás, uma das novidades desse novo momento do Estado é o fato de que o PT passa a fazer parte do governo e base na Assembleia Legislativa. O que isso muda na prática no relacionamento do governo com as forças políticas de MS?

O governador Eduardo Riedel, muito habilidoso, conseguiu fazer uma frente ampla de apoio para o seu Governo. E sempre teve um bom diálogo com o Partido dos Trabalhadores. Eu também sempre tive um bom diálogo com o PT. Acredito que agora isso será aprimorado, com a vinda do Partido dos Trabalhadores fazendo parte da base de sustentação do Governo para ajudar a administrar o Estado. E é isso que queremos fazer com todos os demais partidos.

E eu acredito que foi justamente esse seu período como deputado estadual, quando foi possível estreitar a sua relação com prefeitos, será uma relação ainda mais tranquila. Já é tranquila. Eu já estou aqui no Governo há mais de uma ano, antes à frente da Secretaria de Governo na gestão Reinaldo Azambuja, que é um municipalista nato e que transformou o jeito de administrar Mato Grosso do Sul junto com os prefeitos. Ele nos deixou um grande exemplo, e agora nossa missão é ampliar e melhorar o municipalismo.

Já tenho uma excelente relação com todos os prefeitos e vereadores, claro que é um trabalho árduo, com grandes demandas e poucos recursos, mas eu acredito muito no trabalho municipalista que foi iniciado com o governador Reinaldo Azambuja.

A transversalidade, uma das palavras mais utilizadas pelo Governador durante a sua campanha, será uma das principais características da Casa Civil. O Desafio da Implementação das Políticas Públicas Transversais pode trazer que tipo de resultados? Melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento local, por exemplo?

"Trabalho, trabalho, trabalho. Nós não sabemos fazer política a não ser trabalhando muito"

Sem dúvida. A gente vai cada vez mais aprimorando a gestão pública para uma gestão de resultados, de entregas, e principalmente voltada para o meio ambiente. Mato Grosso do Sul sai na frente com o seu projeto Estado Carbono Neutro até 2030, que busca aliar sustentabilidade e melhorias para a vida dos sul-mato-grossenses.

Outra importante missão, que lhe foi passada pelo governador Eduardo Riedel, foi auxiliar na elaboração dos contratos de gestão que também serão estabelecidos com cada município. Como o senhor vê a importância desse documento? Estabelecer esses contratos pode ser uma forma de conhecer as prioridades de cada município?

Os contratos de gestão aproximam ainda mais o Governo e municípios. Vamos retomar o Governo Presente, envolvendo e ouvindo a todas as lideranças municipais, e acredito que com os contratos de gestão será muito mais fácil conquistar resultados positivos.

O governador Eduardo Riedel teve amplo apoio políticos dos prefeitos na eleição do ano passado. Isto facilita esse contato com os gestores? Acha que em função disso as exigências serão até maiores?

Cada prefeito, cada vereador, cada liderança de cada município vai buscar cada vez mais melhorias, ou seja, as demandas vão aumentar exigindo de todos os secretários a capacidade de fazer uma gestão coesa e buscando recursos federais para novos investimentos em cada localidade. Esse é o nosso desafio e eu não tenho dúvidas que nós conseguiremos fazer isso.

O que o sul-mato-grossense pode esperar como resultados com o senhor a frente da pasta?

Trabalho, trabalho, trabalho. Nós não sabemos fazer política a não ser trabalhando muito. Eu aprendi desde novo, que na política só se vence com muito trabalho. Aprendi que você só alcança resultado político lá na frente quando você, trabalhando, se mostrando um bom gestor e mostrando resultados.

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