A ampliação da fiscalização realizada pela Agems (Agência Estadual de Regulação de Mato Grosso do Sul) promoveu melhorias na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica nas Redes de Distribuição Rurais (RDRs) em municípios da região leste do Estado.
Analisando as causas de incêndios florestais e as interrupções de fornecimento de energia elétrica na região, a Agência Reguladora fez reuniões técnicas, inspeções a campo, acompanhamento dos Planos de Resultados das distribuidoras, culminando com elaboração de importantes recomendações às concessionárias e às indústrias de papel e celulose, com a finalidade de redução das ocorrências de incêndios dessas origem.
Todo esse processo se tornou um importante estudo de caso levado pela Agência ao Congresso Brasileiro de Regulação, apresentado pelo engenheiro da Câmara Técnica de Energia, Paulo César Ajeje.
“O tema é motivo de atenção da AGEMS, porque apesar da baixa frequência, essa é uma causa importante que pode contribuir para incêndios em situações de quedas de linhas de transmissão/distribuição e de fiação elétrica que entram em contato com árvores ou outros materiais combustíveis”, aponta o engenheiro.
“A energia elétrica em si não é uma causa direta de incêndios florestais, mas condições precárias das linhas de transmissão ou de distribuição rurais, o mau dimensionamento ou funcionamento da proteção de equipamentos elétricos e outros fatores, podem ocasionar curtos-circuitos e sobrecargas", finaliza.
Bons resultados
O estudo de caso foi feito em áreas de plantios de eucalipto particulares na região dos municípios de Três Lagoas, Água Clara, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Ribas do Rio Pardo, analisando as causas dos incêndios florestais, principalmente as motivadas a partir das redes de energia elétrica. Também foram analisadas as quantidades de interrupções de energia elétrica de longa duração referentes aos anos de 2021 e de 2022.
As conclusões apontam que a região, em função das condições climáticas, apresenta grande risco de incêndios na maior parte do ano, e que o sistema de prevenção e de primeiro combate e adotado pelas indústrias de papel e celulose apresenta grande eficiência.
Também indicam que com a execução das ações de melhorias e manutenções no período dos dois anos acompanhados pela Agência, as distribuidoras sanaram todos os problemas levantados nas RDR’s e mostraram preocupação com a redução nas quantidades de interrupções, “o que certamente acontecerá no médio ou longo prazo”.
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