Publicado em 15/02/2023 às 11:45, Atualizado em 15/02/2023 às 17:33

Após cassação de Tavares, PRTB reforça “chumbo trocado” contra partido de Hashioka

José Almir Portela, Redação Nova News
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Hashioka apoiou Capitão Contar, do PRTB, no segundo turno das eleições - Foto: Redes Sociais/Roberto Hashioka

Após a anulação dos votos recebidos pelo PRTB nas eleições 2022, o que culminou com a cassação do mandato de deputado estadual de Rafael Tavares, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro reforça a disputa judicial em uma espécie de “chumbo trocado” contra o União Brasil, legenda do deputado estadual Roberto Hashioka.

Isso por que foi o União Brasil quem ingressou com a ação no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), que foi julgada procedente nesta semana, por não ter cumprido a cota de gênero de 30% de candidaturas femininas. Agora é o PRTB quem denunciou o União Brasil pela mesma prática.

Diante desse cenário, caso o TRE entenda que o partido de Hashioka incorreu na mesma prática, a expectativa é de que seja feita uma nova recontagem dos votos. No caso de Tavares, do PRTB, a vaga sobrou para o PSB, do ex-deputado estadual Paulo Duarte. Se ocorrer o mesmo com o União Brasil, a vaga de Hashioka ficaria com João César Mattogrosso, do PSDB.

Atualmente, João César ocupa a cadeira licenciada do deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), que assumiu o comando da Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica. Se concretizada a movimentação, após decisão judicial, João César assumiria de forma efetiva e, que iria para a cadeira de Caravina, seria Marcelo Miranda, secretário de Turismo de MS.

Ainda no final da manhã desta quarta-feira (15), a assessoria de Hashioka divulgou uma nota de esclarecimento, confira na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Tendo em vista a veiculação de notícias apontando a possibilidade da perda do meu mandato, motivada por ação eleitoral questionando o cumprimento às cotas de gênero e racial na distribuição de recursos da Comissão Provisória do União Brasil, informo:

Conforme apresentado em sede de defesa, não cabe discussão acerca da matéria via Ação de Investigação Judicial Eleitoral, devendo esta, portanto, ser apreciada no processo de prestação de contas eleitoral partidária;

Ademais, não existem quaisquer provas que demonstrem a existência de conduta ilícita por parte de meu Partido, o União Brasil, e tampouco por mim;

Oportuno constar que, fiel cumpridor da legislação, meu histórico público sempre se pautou na política feita com seriedade, de forma austera e proba.

Desta forma, venho tranquilizar e reafirmar o compromisso com meus eleitores e a população de Mato Grosso do Sul.