A Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) será palco do 2º Fórum de Cidades Digitais que ocorrerá nesta quinta-feira (5), com a participação de prefeitos, vereadores e técnicos das prefeituras que vão discutir um conceito que está sendo trabalhado no mundo inteiro, o das Cidades Inteligentes.
O 2º Fórum de Cidades Digitais – Inovando os serviços públicos através da Tecnologia da Informação, está sendo organizado pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agetec e em parceria com a Assomasul e Rede Cidade Digital.
Para os organizadores, será uma oportunidade de os municípios trocarem experiências, conhecimento, além de apresentar ferramentas digitais voltadas para o poder público com o reflexo na população.
As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas pela internet. No ano passado, o primeiro Fórum reuniu mais de 120 pessoas, dentre elas, 30 prefeitos.
14 de Julho
A requalificação da Rua 14 de Julho embarca várias premissas para uma Cidade Inteligente. O embutimento das redes elétrica e telefônica é um deles. Nos 1.400 metros da via, foram retirados 96 postes e mais de 11 quilômetros de cabos aéreos de média e baixa tensão.
As redes subterrâneas de distribuição são uma tendência, fazendo parte de grandes projetos de revitalização nos centros urbanos e históricos de várias cidades do país. Além disso, outros pontos foram trabalhados, como a mobilidade, conquistada com o novo layout de calçadas rebaixadas; pintura indicativa e sinalização moderna; e do videomonitoramento.
"Toda a rua pode ser monitorada e, com isso, o município consegue agir rapidamente, pois tem a visão de todos os cruzamentos, todos os pontos da 14 através das câmeras", afirma Paulo Fernando Garcia Cardoso, diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação.
A nova rua recebeu 22 equipamentos de videomonitoramento, com possibilidade de reconhecimento facial.
Paulo explica que a questão da conectividade também é um ponto importante no caminho para a Cidade Inteligente. "Toda a rua tem internet, wi-fi pública, segura, com hotspot de acesso, com segurança para quem acessa já de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados".
Cidades Inteligentes são aquelas que colocam o ser humano no centro do planejamento e desenvolvimento, estabelecendo assim uma visão de longo prazo. As pessoas têm um papel muito importante enquanto beneficiários e participantes das transformações a partir do uso ativo de dispositivos e aplicativos móveis que facilitam cada vez mais o monitoramento e a colaboração com as políticas de seus governantes. Favorecendo o desenvolvimento integrado e sustentável, elas se tornam mais inovadoras, competitivas, atrativas e resilientes, cuidam de seus desafios sob um enfoque multissetorial, analisando variáveis distintas para um mesmo problema, e recorrendo às novas tecnologias para implantar e dar escala às ideias.
Com esse perfil, a 14 de Julho se torna um modelo para outras vias. "Esses conceitos de Cidade Inteligente que são embarcados, fora outros que envolvem participação popular, de pesquisa, transformam a 14 em um modelo do que a gente imagina para uma Campo Grande Inteligente: mobilidade, segurança, acessibilidade, conectividade e participação popular’, finaliza Paulo.
O que é uma Cidade Inteligente?
Uma Cidade Inteligente e sustentável é uma cidade inovadora que utiliza as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e outros meios para melhorar a qualidade de vida, a eficiência das operações e serviços urbanos e sua competitividade, enquanto garante o atendimento das necessidades das gerações atuais e futuras com relação aos aspectos econômicos, sociais e ambientais.
Além disso, ela é atrativa para os cidadãos, empreendedores e trabalhadores, e cria um espaço mais seguro, com melhores serviços e com um ambiente de inovação que estimula soluções criativas, gerando empregos e reduzindo as desigualdades. Com isso, ela promove um ciclo virtuoso que produz não apenas bem-estar econômico e social, mas garante um uso sustentável de seus recursos. Em síntese, uma Cidade Inteligente:
Gera integração que abastece a administração pública com as informações necessárias e transparentes para uma melhor tomada de decisão e gerenciamento orçamentário;
Permite melhor atendimento de usuários de serviços e melhora a imagem dos órgãos públicos, elevando, assim, o grau de satisfação dos habitantes;
Otimiza a alocação de recursos e ajuda a reduzir gastos desnecessários;
Gera procedimentos comuns que aumentam a eficiência do governo;
Produz indicadores de desempenho que auxiliam na medição, comparação e melhoria das políticas públicas;
Permite maior envolvimento da sociedade civil organizada e dos cidadãos na administração por meio do uso de ferramentas tecnológicas que ajudam a monitorar os serviços públicos, apontando problemas, informando e interagindo com a administração municipal para resolvê-los .
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