A ausência do som do piano de cauda de todas as tardes, foi o sinal para que pudessem encontrar o Ivinhemense, Tiago Bianchi Silva Araújo, de 42 anos, sem vida no seu apartamento na capital no início da última semana.
Conforme noticiado pelo Campo Grande News, o professor de Artes, natural de Ivinhema, residente em Campo Grande, tocava piano todos os dias, no entanto, os vizinhos não sabiam que o ouviriam pela última vez na tarde de segunda-feira.
Apaixonado por arte desde criança, Tiago atuou muitos anos como professor da rede pública.
Ele sofria de depressão e havia pedido afastamento das funções, no entanto teve o pedido de readaptação negado.
Tiago foi encontrado morto em seu apartamento por uma familiar. O motivo da morte teria sido suicídio.
Após a morte do arte-educador, o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública participou do “Ato pela Valorização da Vida” em que cobrou providências da Prefeitura Municipal de Campo Grande sobre as negativas de readaptação e licenças médicas pela junta médica do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).
“Pedidos de afastamento e readaptação têm sido constantemente negados e isso precisa ser revisto urgentemente. Estamos perdendo amigos, colegas e outros estão em situação desumana”, desabafou professor Gilvano Bronzoni, presidente da ACP.
Valorização da vida
O suicídio representa uma parcela expressiva do número de óbitos registrados no Brasil e no mundo e, neste contexto, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Para prevenir estas situações, existe o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Fundado em São Paulo, em 1962, o CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24h e sem custo de ligação) ou 141 (nos estados da Bahia, Maranhão, Pará e Paraná), pessoalmente (nos 89 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por do meio chat e-mail. Nestes canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2.400 voluntários, localizados em 19 estados mais o Distrito Federal.
(*Com informações do Campo Grande News e ACP)
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