Publicado em 10/05/2021 às 13:26, Atualizado em 10/05/2021 às 17:28
No mês de maio é promovida a campanha nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A data escolhida como marco de mobilização – 18 de maio - faz menção ao crime bárbaro cometido em 1973 contra a menina Araceli Crespo, à época com oito anos.
Em Batayporã, a coordenadora de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social, psicóloga Lorena Oliveira, explica em artigo a relevância de se engajar com a campanha. A profissional também faz um alerta sobre as consequências dolorosas do abuso e orienta sobre como ajudar a combater esse crime a partir de um olhar atento e a realização de denúncia nos órgãos competentes. Confira:
Caso Araceli completa 48 anos em 18 de maio de 2021
Por Lorena Oliveira
“Aos 08 anos de idade, Araceli foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada. Seu corpo foi deixado desfigurado e em avançado estado de decomposição próximo a uma mata dias depois de desaparecer.”
Crianças e adolescentes sofrem diariamente com violações de seus direitos, como o trabalho infantil, negligências em seus cuidados, abandono, violências física e psicológica.
A campanha realizada em alusão ao dia 18 de Maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - mobiliza a sociedade quanto as formas de violência sexual que afetam profundamente o desenvolvimento saudável.
Utilizar da sexualidade infantil para práticas de natureza sexual implicam em traumas que afetam o contexto biopsicossocial (biológico, psicológico e social), trazendo consequências dolorosas, a exemplo de transtornos mentais, limitações corporais, a formação de sintomas e dificuldades nas relações interpessoais, de interação com o mundo.
O abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes são um fenômeno de grave complexidade atravessado por questões de vínculo, desigualdades sociais, econômicas, exclusão, situações de vulnerabilidade.
Nossa sociedade tem um papel muito importante no movimento de combate e na promoção de mudança desta realidade. É necessário parar de enxergar meninas e meninos como responsáveis e culpados por essas violências.
Por isso, a Constituição Federal atribui competência a toda a sociedade. Isto quer dizer, cabe à família, à comunidade e ao Estado garantir os direitos de nossas crianças e adolescentes.
Primeiramente, denuncie o abuso! Dique 100 ou procure o Conselho Tutelar, polícias e delegacias.
Faça bonito e seja sensível à delicadeza da infância. Proteja nossas crianças e adolescentes!
Serviço
O Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é um serviço responsável por encaminhar e monitorar denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Em Batayporã, também é possível acionar o Conselho Tutelar pelo telefone (67) 67 98127-5122.