Publicado em 01/06/2020 às 10:05, Atualizado em 01/06/2020 às 14:12
Com objetivo de evitar aglomeração de pessoas, atos foram realizados sem a presença dos fiéis
Neste final de semana, vários momentos de fé e oração foram realizados em Nova Andradina. As celebrações ocorreram em alusão ao Dia da Padroeira da cidade, o Imaculado Coração de Maria, e também devido à solenidade de Pentecostes, que é a vinda do Espírito Santo e que marca o encerramento do tempo pascal.
Para evitar aglomerações de pessoas, conforme as recomendações preventivas ao risco de contágio pelo novo coronavírus, causador da doença covid-19, os fiéis não puderam participar de forma presencial, mas acompanharam as transmissões pela página do Santuário Diocesano no Facebook e também pela Rádio Miragem FM.
Apenas no domingo (31), os católicos puderam, aos poucos e de forma ordenada, sem aglomerações e com uso de máscaras de proteção, passarem pelo santuário para adoração, comunhão e doação de alimentos não perecíveis.
As atividades tiveram início na tarde de sábado (30), quando a imagem do Imaculado Coração de Maria visitou alguns pontos da cidade, como Hospital Regional, Hospital Cassems, Lar Sagrado Coração de Jesus, Estabelecimento Penal e Casa do Migrante.
No domingo (31), tanto pela manhã quanto no final da tarde, ocorreram celebrações da Missa Solene de Pentecostes, sendo que, no momento final, foi realizada a coroação da imagem de Nossa Senhora e a benção da cidade, que foi ministrada em frente ao Santuário Diocesano.
Ainda no domingo, em vários horários, ocorreram lives com músicas marianas do Espírito Santo, momentos que também foram transmitidos pelos meios de comunicação.
Em todos os momentos, se fizeram presentes apenas os sacerdotes que conduziram as celebrações, o ministério de música e outras poucas pessoas cujas participações se fizeram extremamente necessárias para a condução dos ritos. Foram adotadas todas as medidas de segurança.
Devoção ao Imaculado Coração de Maria*
A revelação da devoção reparadora ao Imaculado Coração começou na segunda aparição da Santíssima Virgem Maria, em 13 de junho de 1917, em Fátima, Portugal, aos pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta. A Virgem Maria disse à pequena Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos: “Ele [Jesus] quer estabelecer no mundo a devoção do meu Imaculado Coração”1.
Logo após ouvir essas palavras, os pastorinhos viram Nossa Senhora com um coração na mão, cercado de espinhos. As três crianças compreenderam que aquele era o Coração Imaculado da Santíssima Virgem, ofendido pelos pecados da humanidade, que necessitavam de reparação.
No entanto, a devoção ao Imaculado Coração de Maria remonta aos inícios da igreja, pois tem suas raízes mais profundas nas Sagradas Escrituras. Nelas, encontramos referências ao Imaculado Coração no Evangelho segundo São Lucas: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). “Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2,51).
A Santa Sé mostrou-se favorável ao culto ao Imaculado Coração no início do século XIX. Em 1805, o Papa Pio VII concedeu a autorização para a celebração da festa às dioceses e às congregações religiosas que lhe pediam. No ano de 1855, o Papa Pio IX aprovou a Missa e o Ofício próprios do Imaculado Coração de Maria.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 8 de dezembro de 1942, na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria e, três anos depois, estendeu a festa do Imaculado Coração de Maria para toda a Igreja Católica. (*Com informações da Canção Nova).