Publicado em 16/09/2024 às 15:59, Atualizado em 16/09/2024 às 20:06
Quatro projetos de escolas de Campo Grande, Naviraí e Nova Andradina venceram a etapa estadual do Desafio Liga Jovem e agora vão representar Mato Grosso do Sul na fase regional, junto a outras iniciativas na região Centro-Oeste. Maior competição de empreendedorismo tecnológico escolar do Brasil, o Desafio é uma realização do Sebrae e Instituto Ideias do Futuro, para incentivar a cultura empreendedora e o protagonismo dos estudantes e professores por meio do desenvolvimento de soluções criativas para problemas cotidianos, a partir da utilização da tecnologia.
São quatro categorias nesta edição do Desafio Liga Jovem: Imagina (Ensino Fundamental), Cria (Ensino Médio), Inspira (Ensino Profissional - Técnico) e Avança (Ensino Superior - Graduação ou Tecnológico). Uma equipe foi escolhida em cada para representar Mato Grosso do Sul na disputa e, em comum, todas propuseram alternativas para situações adversas de suas escolas, instituições ou comunidades com a criação de aplicativos, protótipos e metodologias de impacto social.
Após avaliação para aprovação na etapa estadual, os grupos vitoriosos das quatro categorias receberam vales compras de R$ 500 e mentorias personalizadas como premiações para os projetos. "As mentorias terão como foco o aprimoramento dos projetos, pitch e preparação para a disputa regional com os demais estados do Centro-Oeste. Nosso objetivo é que os jovens representem Mato Grosso do Sul com excelência e conquistem resultados expressivos na competição", afirma a gestora estadual do programa Educação Empreendedora do Sebrae/MS, Priscila Veloso.
Conheça as equipes vencedoras:
Inovadoras do Futuro – De Naviraí, a Escola Estadual Antônio Fernandes foi a classificada para a categoria Imagina – Ensino Fundamental, com o projeto "Inovadoras do Futuro". Composta por cinco estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental, o grupo propôs uma iniciativa de tecnologia sustentável para transformação de resíduos em novos produtos e matérias-primas. Nas lixeiras de coleta espalhadas pela escola, são recolhidos itens destarcados, como folhas de caderno. Após, são reciclados e convertidos na fabricação de papeis ecológicos, como lembrancinhas, envelopes e marcadores de páginas, que comportam sementes de plantas.
Para os próximos passos, o grupo fará uma apresentação marcante para atrair parceiros. "Para trazer mais visibilidade, atrair pessoas interessadas em apoiar à iniciativa e que nos ajude a conquistar investimentos", afirma o orientador, professor Weliton Viana.
GrimCoach – A equipe composta por cinco estudantes do Ensino Médio, da Escola Estadual Marechal Rondon, de Nova Andradina foi classificada para a categoria Cria. Os alunos Felipe, Richard, Ruan, Kauã e Vitória criaram o projeto GrimCoach. Trata-se de um aplicativo de reconhecimento e execução de expressões faciais por meio da combinação de atividades motoras e cognitivas, que visa auxiliar na melhoria das habilidades interativas de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
"À medida que avançamos nas fases da competição, nossa motivação cresce, assim como o desejo de ver o GrimCoach se tornar uma ferramenta verdadeiramente impactante para a comunidade", afirma o professor e orientador, Jéferson Souza.
Libraria – De Campo Grande, os alunos Brayan José, Bruno, Caroline e Wender, do 2º ano do Ensino Médio do Centro Estadual de Educação Profissional Hércules Maymone foram classificados para a categoria Inspira. A equipe propôs o projeto Libraria, um aplicativo que pretende entregar conteúdos educativos do Ensino Médio para surdos e pessoas com deficiência auditiva.
A ideia surgiu para apoiar um colega surdo em sala de aula, que relata ter dificuldades de aprendizagem. "A gente realmente trabalhou muito para isso acontecer. Tanto o colega que é surdo quanto a intérprete dele ficaram muito felizes, a escola toda", afirma o professor e orientador do grupo, Josué Rodrigues.
Ilhas Flutuantes – Também de Campo Grande, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi a classificada para a categoria Avança. A equipe composta por três graduandos do Ensino Superior de Engenharia Ambiental, orientada pelo professor Ariel Ortiz, propôs o projeto "Ilhas Flutuantes", para garantir melhor qualidade da água ao assegurar que os resíduos sólidos retidos se transformem em renda para cooperativa de catadores de recicláveis, além de reduzir os desastres naturais ocasionados pela destinação inadequada do lixo.
A tecnologia iniciada pelos alunos Guilherme, Teruo e Gabriel, surgiu a partir de uma ideia de dois anos atrás e materializou-se em um protótipo, que combina um sistema para filtrar e limpar água usando organismos vivos e um método para capturar e armazenar resíduos sólidos com recipientes com grades. "Nós queremos realmente fazer a diferença, esperamos ser selecionados para representar o Centro-Oeste. O nosso projeto tem realmente o potencial para fazer a diferença", afirma o professor.
Próximas etapas
De setembro a outubro, os vencedores de cada estado vão apresentar seus projetos para uma nova banca de jurados on-line. A melhor equipe de cada categoria ganhará uma viagem com tudo custeado para participar da etapa final presencialmente, além de um celular de última geração para cada estudante e professor orientador.
Mais informações sobre as iniciativas realizadas pelo Sebrae podem ser obtidas pela Central de Relacionamento, no telefone 0800 570 0800.