Publicado em 26/11/2023 às 05:22, Atualizado em 26/11/2023 às 09:24
Eleito presidente do Conselho Municipal de Saúde de Nova Andradina, Nisvaldo Gomes Cardoso afirmou que nesses primeiros dois meses se dedicou a visitar todas ESFs (Estratégia Saúde da Família) e demais órgãos ligados à saúde para levantar demandas e mapear a situação geral deste setor no município.
Todas as informações constam num relatório que será apresentado nas próximas reuniões do Conselho e, se houver interesse, poderá ser disponibilizado a todos os vereadores por e-mail. As declarações foram feitas na Tribuna Livre, durante a 39ª sessão plenária deliberativa da Câmara, realizada nesta terça-feira, dia 21 de novembro.
Nisvaldo ainda destacou a responsabilidade legal, o caráter independente e fiscalizatório do conselho e a importância do órgão auxiliar no que tange a melhoria contínua da saúde em Nova Andradina, sem ser julgado por pessoas ou gestores como um “inimigo”.
“O Conselho é formado não só para ter ciência das situações, como também fiscalizar, sem levar para o lado pessoal. Como conselheiros temos uma responsabilidade legal em fiscalizar, dar encaminhamento e cuidar da saúde. Porém, algumas vezes não somos consultados, as coisas chegam prontas para que o conselho apenas chancele. Minha assinatura só será dada após tomar ciência, entender e avalizar tudo, porque depois vamos ter que prestar contas”, enfatizou.
Se dirigindo de maneira especial aos representantes do povo na Casa de Leis, o presidente Nisvaldo conclamou a ajuda dos vereadores para que o conselho cumpra sua missão.
“Por mais que o conselho esteja pautado na lei e necessite de todo suporte da secretaria de Saúde, pessoas e gestores, quando a gente chega, levam para o lado pessoal. Não somos inimigos, somos apenas pessoas comuns em busca do melhor atendimento na área da saúde. Hoje são os mais vulneráveis que sofrem, amanhã pode ser você. Pense nisso”, emendou, ao se referir a uma situação que se deparou no CEM (Centro de Especialidades Médicas).
“Ao entrar no CEM, se eu fosse cadeirante nem teria conseguido entrar na unidade. Quando fizeram a reforma no prédio, não pensaram na lei da acessibilidade. Estamos impedindo o cidadão de ter acesso à saúde. Temos que pensar mais longe, como gestores na área da saúde, temos que ter empatia, sentir a dor do outro”.
O Conselho Municipal de Saúde é formado por representantes de diversos setores da saúde, que atuam de forma voluntária, sem remuneração.