Publicado em 02/03/2020 às 19:31, Atualizado em 02/03/2020 às 17:42
Especialista chama atenção para o uso constante do filtro solar
A unidade do Hospital da Caixa de Assistência ao Servidor do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) conta com diversas especialidades, entre elas, a Dermatologia, sob a responsabilidade da médica Flávia Fedossi, que chama atenção para os cuidados que todos devemos ter com a pele.
Médica há 18 anos e dermatologista há nove anos, formada no exterior, com revalidação em Maceió (AL) e com especialização na Santa Casa do Rio de Janeiro (RJ), Flávia alerta para a importância do uso constante do filtro solar.
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“É fundamental usar filtro solar sempre. Não existe filtro ruim ou bom, mas existe o que você gosta ou não gosta. Compre um que você gosta e use sempre”, afirma ela, ao alertar que a exposição direta ao sol pode causar vários males, inclusive o câncer de pele.
Segundo ela, mesmo com filtro solar, é importante evitar a exposição prolongada ao sol no horário das 10h às 16h, período em que os raios solares atingem mais diretamente a nossa pele. “Muita gente gosta de ficar com a pele bronzeada, mas é importante evitar os riscos”, pontua.
Na avaliação da especialista, o filtro deve ser usado pelo menos três vezes ao dia. Ela lembra, no entanto, que o produto é para proteger contra os raios solares, sendo que, para proteção com relação às luzes artificiais, como de refletores, lâmpadas em geral e monitores, que também podem afetar a pele, o ideal é a utilização de maquiagem ou de filtro com base.
Com relação às crianças, a médica recomenda o uso de filtro solar infantil a partir de um ano de idade. “Outros itens como hidratantes e sabonetes também só devem ser utilizados pelas crianças se forem produtos infantis, pois a pele de uma criança é diferente da pele de um adulto”, lembra ela.
Além da prevenção, Flávia Fedossi alerta para a importância que se deve dar às doenças de pele já desenvolvidas, para se evitar que elas cheguem a um estágio avançado. “Ignorar o problema ou tentar trata-lo por conta própria, sem procurar um especialista, não são atitudes inteligentes”, afirma.
Com relação ao câncer de pele, ela lembra que há o benigno, que pode ser retirado sem problemas. Ele geralmente é causado pelo sol, não sendo de origem genética. É celular e atinge as camadas mais superficiais da pele.
Outra situação que merece mais atenção é o chamado espino celular, um tipo mais agressivo, porém, ainda classificado como benigno. Pode ser de origem solar ou genética, geralmente deixando cicatrizes após sua remoção.
O mais alarmante é o melanoma, considerado maligno e bastante invasivo. É de origem genética e pode ser agravado pela exposição ao sol. “Neste caso é preciso tratar o quanto antes”, alerta Flávia.
Além dos cuidados com relação à exposição ao sol, a dermatologista chama atenção para os produtos de beleza que são usados. “É importante saber qual é o seu tipo de pele. Há cosméticos específicos para pele seca, normal ou oleosa, além disso, muitas pessoas têm tipos diferentes de pele no corpo e no rosto. Este é o motivo pelo qual existem cremes corporais e faciais”.
Um erro comum segundo Flávia é a utilização de produtos importados. “Um creme feito nos Estados Unidos, por exemplo, é produzido para o clima de lá, onde é mais frio e mais seco. Já um creme feito no Brasil, é preparado para o nosso clima tropical, onde o calor predomina. Às vezes a marca é a mesma, mas a fórmula é diferente”, explica.
A especialista também falou da questão das espinhas, um problema que incomoda muitas pessoas. “Espinhas na adolescência são normais, porém é possível tratamento para que elas sejam amenizadas e também para evitarmos as marcas que elas podem deixar na pele”.
“Já na idade adulta as espinhas também podem aparecer, sendo que, em homens, o tratamento é mais difícil, porém, nas mulheres, a situação pode ser equalizada tratando a variação hormonal por meio do uso de anticoncepcional. Também em adultos, as marcas das espinhas podem ser tratadas, geralmente com bons resultados”, detalha.
Com relação aos cabelos, a especialista também deixou dicas importantes. Segundo ela, práticas como lava-los apenas uma ou duas vezes por semana devem ser evitadas. “Ele fica sujo, é atacado pela poluição e precisa ser lavado constantemente, no mínimo a cada dois dias. No caso de cabelos oleosos ou com caspa, eles devem ser lavados todos os dias”.
Outro ponto abordado por ela é sobre a secagem. “É fundamental secar bem. Cabelo molhado fica mais frágil à queda e à quebra. Pode usar secador desde que use também o produto para proteção dos fios, pois o calor do secador sem proteção fragiliza os cabelos”.
Sobre a temida queda de cabelos, Flávia Fedossi que nos homens a causa é genética, sendo que os efeitos podem ser retardados mas dificilmente evitados. Já nas mulheres, a queda geralmente se dá por fatores hormonais, havendo bons resultados nos tratamentos que geralmente são longos, porém eficazes. “Mulher não fica careca. O que pode haver é uma redução, mas isso pode ser tratado”.
Da mesma forma que a pele, a dermatologista ressalta que as pessoas devem usar produtos adequados aos seus tipos de cabelos. “Há cabelos oleosos, normais, mistos e secos e há xampus, condicionadores e cremes para cada um deles. Nada de usar produtos sem antes verificar se a indicação está adequada à sua realidade”.
Por fim, a especialista resume que um estilo de vida saudável, com atividades físicas e alimentação balanceada contribuem para a saúde como um todo e acabam se refletindo também na saúde e na aparência da pele e dos cabelos.
A dermatologista Flávia Fedossi atende no Hospital Cassems de Nova Andradina de forma particular e através de convênios, além de atender pela rede pública. A especialista também mantém um blog com dicas especiais: geriderme.com.br.
O Hospital Cassems de Nova Andradina fica na Rua Walter Hubacher, 748. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3499-0700. Consultas eletivas podem ser agendadas pelo Whatsapp (67) 9 9168-5672.