Em homenagem póstuma, a Câmara Municipal de Nova Andradina aprovou o Projeto de Lei Ordinária n°. 46/2021, que dispõe sobre a denominação do Velório Municipal, que passará a se denominar Francisco Pereira da Silva. A iniciativa é de autoria dos vereadores Pedro Soares (PSD), Deildo Piscineiro (PSDB) e Josenildo Ceará (PT).
Chicão, como também era conhecido, nasceu em Timorante (Exú)/PE, no dia 02 novembro de 1946, filho de um pernambucano (José Pereira da Silva) e uma cearense (Ana Generosa da Conceição). “Não foi uma pessoa famosa e nem autoridade. Porém, ele sempre buscou honrar suas tradições e valores”, citaram os parlamentares.
“Foi orgulhoso de suas origens, trabalhador empenhado, ótimo pai e marido, e nunca teve vergonha de ter saído de seu sertão, onde a seca ceifava (e ainda ceifa) a vida e as esperanças de muitos seres humanos, mas certamente não lhes ceifa a alma”, complementaram os autores do projeto de lei.
Francisco deixou o Pernambuco ainda criança, com 12 anos de idade, e antes de chegar a Mato Grosso do Sul, passou, com seus pais e irmãos, por São Paulo e Paraná, e por esses lugares trabalhou em atividades ligadas à lavoura.
Ao chegar a Mato Grosso do Sul, veio morar inicialmente em Batayporã, onde foi agricultor, porém, em 1979, mudou-se para Nova Andradina, onde viveu até falecer em 05 de fevereiro de 2017.
Em Nova Andradina, criou seus quatro filhos (Lenilson, Alcir, Antonio e Wilson) e seu neto Cleiton, além de desempenhar várias atividades. Foi boia-fria, guarda noturno, servente de pedreiro e funcionário público municipal.
Na Prefeitura Municipal de Nova Andradina, Francisco exerceu a função de motorista, por muito tempo de caminhão de lixo, ocasião em que ganhou o apelido de “quinta marcha”. “E ele frequentemente afirmava que era apaixonado pelo que fazia, apesar de sempre dizer que os lixeiros não eram valorizados como mereciam”, acrescentaram os vereadores.
“Para seus filhos, Francisco deixou a imagem de um homem corajoso, forte e austero, mas acima de tudo um bom pai e amigo, seja nos momentos difíceis e de alegria, e por isso deixou saudades que até mesmo o tempo terá dificuldades em suavizar. Com toda a certeza, ele fez o que melhor poderia fazer para sua esposa Elena, para meus filhos e netos e, também, pela cidade que escolheu viver até o final de sua vida”, concluíram os parlamentares.
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