O idoso de 89 anos, que morreu vítima de Covid-19 em Nova Andradina, na última quinta-feira (18), já havia tomado a primeira dose da vacina contra a doença, conforme apurou o Nova News.
Neste domingo (21), o site noticiou a 35ª morte atribuída ao novo coronavírus em Nova Andradina, tendo como vítima Moacir Ferraz. Ele teve sintomas no dia 14/03, foi internado no Hospital Regional em 16/03, faleceu em 18/03 e o exame positivo foi divulgado na noite deste sábado (20).
Em contato com o setor responsável, o Nova News verificou que Moacir havia tomado a primeira dose do imunizante no dia 06/03 e iria tomar a segunda dose no próximo dia 27/03.
O fato de o idoso ter sido vacinado em 06/03 e apresentado os primeiros sintomas da Covid-19 em 14/03 reforça o que vem sendo explicado por especialistas, de que a eficácia do imunizante, que atinge seu auge após a segunda dose, pode levar algum tempo para ser constatada.
Como a vacina reage no organismo?*
Segundo publicação no portal oficial do Instituto Butatan, as vacinas são o primeiro passo para o fim da pandemia do novo coronavírus, mas a imunidade não começa imediatamente após tomar o imunizante.
Caso uma pessoa tenha Covid-19 logo após se imunizar, isso não significa que a vacina não funcionou, mas que seu o sistema imunológico ainda não teve tempo para criar a resposta imune.
Cada organismo reage de uma forma, dependendo de fatores como a faixa etária e o próprio sistema imunológico da pessoa. Em geral, em duas semanas após a segunda dose estaremos protegidos, pois esse é o tempo que nosso sistema leva para criar anticorpos neutralizantes, que barram a entrada do vírus nas células.
Esse também foi o intervalo usado nos testes clínicos da CoronaVac, a vacina do Butantan, para medir a resposta imune dos participantes. Ainda vale lembrar que uma quantidade ainda maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.
É importante esperar, porém, que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminar outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus.
Mesmo após a imunização, ainda será preciso manter medidas de segurança, como o uso de máscara e a higienização constante das mãos. (*Trecho reproduzido do site do Instituto Butatan, responsável pela fabricação da vacina CoronaVac no Brasil).
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