Publicado em 23/06/2020 às 06:52, Atualizado em 23/06/2020 às 10:58
Quézia Alves Xavier teve um dos seus poemas publicado no livro “Poesia Agora - Primavera 2019”, da Editora Trevo, de São Paulo (SP)
A jovem escritora Quézia Alves Xavier, de Batayporã, distribuiu, nos últimos dias, exemplares do livro em que teve um poema publicado. Segundo ela, o gesto é uma forma de agradecimento ao incentivo recebido.
Os exemplares foram entregues nas escolas Anízio Teixeira da Silva (Batayporã); Marechal Rondon (Nova Andradina) e Jan Antonin Bata (Batayporã). Atualmente estudante do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), a jovem afirma que sente felicitada com o apoio e carinho que recebeu, sendo que, o IFMS também recebeu o livro.
Conforme já noticiado anteriormente, Quézia Alves Xavier, de 15 anos, teve um dos seus poemas publicado no livro “Poesia Agora - Primavera 2019”, da Editora Trevo, de São Paulo (SP). Ela começou escrever suas obras aos sete anos para mandar cartinhas para a professora Angélica Soares, recebendo forte influência das professoras Adriana Regina e Cida Pires.
Sobre o concurso literário Prêmio Poesia Agora, os organizadores buscam conhecer novos talentos da poesia brasileira contemporânea e publicá-los em livro pela Editora Trevo. As pessoas interessadas se cadastram por meio da internet e encaminham suas obras que são avaliadas por escritores de expressão no cenário literário brasileiro e/ou por especialistas em literatura.
Quézia teve seu trabalho avaliado e aprovado pela equipe da editora, que incluiu sua obra na publicação. A jovem relata o quanto a escrita foi importante em sua vida e afirma que os professores das escolas que frequentou foram muito importantes em sua vida, oferecendo incentivo ao seu desenvolvimento literário e artístico.
“Esse foi o início de um sonho que ainda está em desenvolvimento. Escrever é minha paixão. Meu objetivo é incentivar o prazer pela leitura e autoexpressão literária no meio dos jovens”, disse. (Colaborou Weverton Willian Dias).
O poema publicado refere-se ao desmatamento excessivo por enriquecimento próprio. Confira:
Espírito indígena
Eu sou fauna eu sou flora;
Sou aquela que todo dia chora;
Por mais uma árvore que caiu;
Por mais uma vida que partiu.
A humanidade está crescendo;
E cada vez mais a ambição aparecendo;
Suas fortunas se reerguendo;
Em cima dos meus animais.
Minhas árvores estão desaparecendo;
Todos fingem desentendimento;
Não adianta mostrar comoção;
Se ninguém toma uma ação.
Preciso me pronunciar;
Falar por quem não tem voz;
Não tire nossa riqueza;
Assinado: Mãe natureza.