Enquanto a população fica em casa em isolamento social, a magistratura está garantindo os direitos dos cidadãos trabalhando de forma remota para evitar a contaminação do coronavírus. Uma das iniciativas é a destinação, por parte da juíza da Comarca de Nova Andradina, Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, de R$ 150 mil oriundos de penas pecuniárias para ações de combate à pandemia do coronavírus.
Ela explica que, apesar da quarentena, alguns setores considerados essenciais não podem parar e profissionais da saúde, casas de acolhimento, asilos, serviços de limpeza urbana, força policiais continuam auxiliando para cuidar dos que infelizmente foram alcançados pela Covid-19 ou apresentam suspeitas, além dos que precisam de auxílio nos hospitais e postos de saúde.
Neste contexto, para atender o Hospital Regional de Nova Andradina, casas de acolhimento, comunidade terapêutica, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil em Nova Andradina e Batayporã, a juíza estabeleceu várias parcerias, com estimativa de investimento de R$ 150 mil oriundos de penas pecuniárias.
A magistrada, juntamente com o promotor de Justiça Fabrício Mingati, uniu forças com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen-MS) para obter a mão de obra dos detentos dos estabelecimentos penais Nova Andradina e Ivinhema.
Com a Prefeitura Municipal, foi celebrada parceria para o empréstimo de máquinas de costura, overloques e elastiqueiras em conjunto com uma fábrica de confecções (D'La Rouse) para o corte voluntário de todo equipamento de proteção individual (EPI).
Já com a Energética Santa Helena, foi viabilizada a doação de álcool 70% para entidades beneficentes e órgãos públicos de Nova Andradina e Batayporã.
Foram adquiridas pela Justiça cinco máquinas de costura reta industrial novas e uma máquina elétrica de corte para o Presídio de Nova Andradina para confecção de EPI’s e uma máquina de corte elétrica para o Presídio de Ivinhema também para confecção de EPI’s.
Também foram comprados cerca de 10 mil metros de tecido (TNT) e aviamentos; 5.000 aventais de manga longa descartáveis; 6.000 toucas descartáveis; 4.000 pares de sapatilhas descartáveis e 21.000 pares de luvas de procedimento.
Em Nova Andradina, os resultados começam a aparecer, uma vez que a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira já começou a entregar as primeiras máscaras fabricadas pelos detentos, sendo que, inicialmente, serão beneficiados os oficiais de justiça da comarca e o Lar de Acolhimento São José.
“Em tudo o que fizemos na Comarca, tivemos o apoio do Ministério Público. Ninguém mediu esforços para as parcerias, as aquisições e, no final, a população é quem ganha. É papel da magistratura buscar formas de atender a comunidade e se isso exigir esforço extra, não tem problema, pois estamos e sempre estaremos engajados em lutas justas, cujos resultados alcancem muitas pessoas. Unindo forças, vamos vencer a pandemia”, finaliza a juíza. (As informações são da assessoria de comunicação do TJ-MS).
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