Neutralizar a emissão de carbono gerada por rebanhos bovinos a partir da produção da oleaginosa da Macaúba. Esta é a síntese do projeto piloto que está em andamento nas fazendas Flamboyant e Primavera, em Batayporã. O intuito é integrar o município na economia de baixo carbono. A iniciativa faz parte do Race to Net Zero 2050 e do programa UN Decade on Ecosystem Restoration, que visam o desenvolvimento regional sustentável a partir da recuperação do bioma Mata Atlântica.
O projeto foi tema de reunião entre lideranças nesta semana em Campo Grande. Na sede da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), o prefeito de Batayporã, Germino Roz, a deputada estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa, Mara Caseiro, o sócio-proprietário da Fazenda Flamboyant, Roberto Mendonça, o CEO da Curcas Diesel Brasil, integrador da Plataforma Brasileira de Bioquerosene e Renováveis e presidente do Conselho da Fundação Jovem Empreendedor, Mike Lu, a pesquisadora sênior da Embrapa Agroenergia, Simone Favaro e o CEO da DraganX –Tecnologia de drones, Tony Dragan, discutiram os potenciais mapeados.
"Fiquei impressionado com a complexidade do programa. São muitos benefícios ambientais e econômicos. Com certeza queremos apoiar o projeto e impulsionar seu crescimento no município", afirmou o prefeito. De acordo com a assessoria do programa, o intuito é replicar a iniciativa em todo o Mato Grosso do Sul através de parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e Sindicato Rural. Segundo estudos da Embrapa, a palmeira de macaúba tem potencial para produzir até oito toneladas de óleo por hectare, além de gerar pasto para animais e biomassa para carvão vegetal.
Conforme explicaram os especialistas, por enquanto, o projeto-piloto ancorado em Batayporã tem o objetivo de "proporcionar a neutralização das emissões de um rebanho de 6 mil cabeças para entrega de proteína animal Carbono Neutro para o mercado internacional integrando agricultores familiares extrativistas na exploração sustentável dos maciços nas reservas legais das propriedades e no plantio racional ILPF, estabelecendo uma cadeia de suprimentos de co-produtos da macaúba para o mercado de oleoquímica e biocombustíveis."
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