Publicado em 28/10/2022 às 15:47, Atualizado em 28/10/2022 às 19:50
A palavra feminicídio ganhou destaque no Brasil a partir de 2015, quando foi aprovada a Lei Federal 13.104/15, popularmente conhecida como a Lei do Feminicídio, isso porque ela criminaliza o assassinato de mulheres cometido em razão do gênero, ou seja, a vítima é morta por ser mulher.
Em Mato Grosso do Sul, no último ano, foram 34 feminicídios ocorridos, sendo que 32 aconteceram em municípios do interior do estado.
De acordo com o site “NÃO SE CALE”, o Mapa do Feminicídio apresenta as seguintes informações:
34 mulheres foram cruelmente assassinadas.
94 sobreviveram para contar suas histórias.
As mulheres, na maioria dos casos, foram mortas em suas residências, em área urbana, pelas mãos de seus companheiros ou ex-companheiros, que não aceitavam o fim do relacionamento ou manifestavam sentimento de posse, de objetificação em relação à mulher, mediante o uso de armas de fogo, sem chance de defesa à vítima.
"Se não for minha, não vai ser de mais ninguém" é uma frase usualmente dita pelos autores dos feminicídios e que deve ser abolida dos "costumes", que não deve ser aceitável ou tolerável. Toda mulher tem o direito a viver sem violência e a refazer sua vida após o fim de um relacionamento que não deu certo. Muitas das vezes, a convivência se torna inviável pelas próprias atitudes do homem, que sob o argumento de "amar demais", impede a convivência familiar ou com amigos e passa a controlar os horários e afazeres da mulher, que passa a ser "só sua".
Através das representantes do Pacto de Enfretamento a Violência Doméstica, aconteceu a missa, organizada pela representante da Igreja Católica; Maria Sobrinho. Esteve presente na missa a primeira dama; Joana Darc Bono Garcia, a subsecretária Delma Prado Cavalcante, a presidente do conselho municipal do direito da mulher Drª Juscéli Oliveira Silva, a vereadora e procuradora da procuradoria da mulher; Gabriela Delgado, a gestora de atividades educacionais; Arlethe Matos, Representantes do Creas e Representantes do Centro da Juventude.
A missa foi um momento de reflexão e de saudade. Mulheres que partiram tão cedo e que para as famílias e amigos deixaram um vazio. A rede de enfrentamento precisa se manter sempre unida, para proteger, acolher e escutar sempre as mulheres que vivem um ciclo de violência. Mais do que denunciar; proteger. E sempre pensar o que pode ser feito para ajudar.
Não se cale! Denuncie: Disque 180/190
“Que não sejamos mortas pelo simples fato de sermos mulheres”.