Publicado em 28/06/2020 às 12:52, Atualizado em 28/06/2020 às 17:03
Odor trazido pelo vento levantava a suspeita deque algum morador estaria usando herbicida de forma irregular
Na manhã deste domingo (28), alguns moradores da região do Residencial Ivo Pereira de Souza, em Batayporã, acordaram incomodados com um forte cheiro de veneno nas proximidades de algumas residências.
A denúncia chegou via WhatsApp até a nossa reportagem que esteve no local e pôde constatar a reclamação dos moradores. Não era possível identificar de onde vinha o odor que, de fato, era bastante forte.
Um morador que há anos trabalha na agricultura disse ao Nova News que, pelo cheiro, tratava-se de um herbicida conhecido com 2,4-D (Nortox), utilizado no controle de folhas largas, sendo proibida sua aplicação em áreas urbanas.
O ingrediente ativo do 2,4-D, o ácido diclorofenoxiacético, ou ácido ariloxialcanóico, possui registro no Brasil desde a década de 1970, sendo anterior à Lei Agrotóxicos (7.802, de 1989).
O 2,4-D estaria aprovado para uso rural nas culturas da soja, milho, cana-de-açúcar, café, trigo, aveia, centeio, arroz e pastagem formada, sendo que esse herbicida controla ervas daninhas. No Brasil, os herbicidas à base do 2,4-D são classificados na classe I: extremamente tóxicos, na sua formula como concentrado solúvel. Nesta classe, uma pitada do produto é o suficiente para matar uma pessoa adulta.
Os moradores disseram que o caso seria denunciado às autoridades competentes para que sejam apurados os responsáveis pela suposta aplicação irregular do produto.
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