O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para apurar possível esquema de compra de votos envolvendo assessores e secretários municipais nas eleições 2020, em Nova Andradina, conforme denúncia apontada por Tiago Pinheiro da Silva. O órgão já está na fase de colheita de provas.
Apontado como “assessor informal” do ex-vereador Amarelinho, do MDB, Tiago também é quem aparece nos áudios veiculados recentemente em redes sociais. Frequentador assíduo do gabinete do ex-parlamentar, ele, inclusive, registrou Termo de Declaração na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina disponibilizando prints e áudios de conversas com Amarelinho.
Uma dessas gravações falava sobre suposta distribuição de centenas de tênis e bolas para a população, divulgado pelo Nova News. No documento, Thiago diz que Amarelinho era quem "intermediava os trabalhos realizados, bem como as determinações de divulgação de áudios, fake news entre outros".
Além do Nova News, o caso pautou os dois principais jornais da Capital, Midiamax e Campo Grande News, destacando que o esquema de compra de votos tinha como intuito “derrubar o Roberto Hashioka [ex-prefeito e ex-secretário estadual de Administração, do PSDB] que estava em primeiro nas pesquisas”.
Extorsão
À imprensa da Capital, o prefeito Gilberto Garcia afirmou estar sendo alvo de chantagem e tentativa de extorsão. Em contato com o Campo Grande News, ele negou todas as acusações e revelou, ainda, que fez uma representação na Polícia Civil, que deve instaurar um inquérito para apurar a situação, em breve.
"Estou só esperando o Ministério Público nos chamar para irmos lá e apresentar a nossa versão", contou Garcia. "Não tem nada material que prove isso que está sendo falado", completou, sem revelar se o denunciante entrou em contato pedindo dinheiro ou favor, o que configuraria de fato extorsão.
Amarelinho não foi encontrado pela imprensa da Capital em nenhum dos dois números cadastrados por ele na Justiça Eleitoral para as eleições de 2020. O Nova News chegou a manter contato com o ex-presidente da Câmara assim que as primeiras gravações vieram à tona, porém, o ex-vereador afirmou que preferia não se manifestar.
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