O drama da superlotação nos hospitais em decorrência do número de internações por Covid-19 também atingiu a rede privada em Nova Andradina e “nem pagando” os pacientes irão conseguir leitos caso o cenário atual se estenda pelos próximos dias.
Os dois únicos hospitais de Nova Andradina (Regional e Cassems) estão 100% lotados. Pela rede privada, uma vaga chegou a ser aberta, mas sua ocupação foi requisitada por Campo Grande, onde a situação é ainda pior. Ele deverá ser deslocado da Capital para ser internado no município.
Na sexta-feira (26), a ocupação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinada aos pacientes com Covid-19 seguia em 100% no Hospital Regional. Dos oito leitos existentes, todos estão ocupados e cinco destes pacientes utilizam ventilação mecânica.
Com relação aos leitos gerais de UTI, a ocupação é de 50%, ou seja, dos 10 existentes no Hospital Regional, cinco estão em uso.
Já em relação ao Cassems, o gerente da unidade de Nova Andradina, Eliezer Branquinho, disse ao Nova News que dos três leitos de Semi-Unidade de Terapia Intensiva (Semi-UTI), dois estão ocupados com pacientes de Covid-19 e uma está livre, no entanto esta vaga já está sendo solicitada por unidades do Cassems de outros municípios do Estado, uma vez que eles já estão com 100% de suas lotações e a demanda por vagas não para de crescer.
Eliezer explicou ainda que além dos dois pacientes que estão na Semi-UTI, há outras cinco pessoas com Covid-19 internadas na enfermaria, em isolamento, totalizando sete internações na unidade hospitalar.
Nos últimos dias, por meio de um vídeo institucional divulgado em suas mídias, o Cassems afirmou que “chegou ao seu limite” com relação à capacidade de atendimentos.
De fato, pelo menos até o início do mês de abril, o hospital suspendeu todas as consultas e cirurgias eletivas em suas unidades, atendendo apenas casos de urgência e emergência por meio do Pronto Socorro e pacientes com Covid-19 enquanto houver as condições necessárias para oferecer este suporte.
Coren alerta para falta de sedativos na saúde em Mato Grosso do Sul
O prognóstico tende a ser ainda pior se confirmada nota emitida pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren), que alerta para a falta de medicamentos para sedação de pacientes entubados por complicações do Coronavírus. A sedação é fundamental para melhor resposta respiratória dos pacientes.
Segundo a publicação, o Conselho tem recebido milhares de relatos da falta do medicamento e tenta agora obter empréstimos ou doações de clínicas.
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