As doenças virais, como a dengue, covid-19, influenza (gripe) e outras infecções geralmente provocam mal-estar e podem, em alguns casos, evoluir para complicações, sendo que, com relação às pessoas que já possuem outras patologias, inclusive os pacientes cardíacos, a atenção deve ser redobrada.
Segundo a cardiologista Dra. Thais Maia (CRM/MS 8275 // Clínica Médica RQE 6370 // Cardiologista RQE 7590), que atua em Nova Andradina, na Clínica Center Med, como os pacientes cardíacos são considerados um grupo de risco, o acometimento por doenças infecciosas de forma geral não deve ser subestimado.
“As doenças infecciosas, de forma geral, causam, além do mal-estar, sintomas como febre, perda do apetite, vômito e diarreia levando a um quadro de desidratação. Quem já tem algum problema relacionado ao coração deve ficar alerta e buscar orientação junto ao médico que faz seu acompanhamento”, explica Dra. Thais.
Nas palavras dela, pessoas com doenças cardiovasculares são consideradas pacientes mais delicados e podem evoluir com complicações. “Mesmo que os sintomas sejam leves, o especialista que acompanha esses pacientes deve ser consultado para uma avaliação a fim de verificar se, durante a infecção não está ocorrendo alguma descompensação cardiológica”, alerta.
Outro ponto importante abordado pela Dra. Thais Maia é com relação à não interrupção das medicações de uso contínuo. “Algumas pessoas deixam de usar os seus medicamentos contínuos que tratam suas doenças crônicas, como a diabetes e a pressão alta, durante um quadro de dengue ou outra infecção, isso acaba provocando a descompensação da doença crônica! Essa conduta deve ser desencorajada, nenhum medicamento de uso contínuo deve ser interrompido sem uma avaliação médica.”
Ela citou como exemplo o AAS, que faz parte da receita médica dos pacientes que já tiveram um infarto agudo do miocárdio entre outra indicações da droga. O medicamento inibe a agregação das plaquetas, célula que durante uma infecção por dengue pode ter o seu número diminuído. “No caso de um pós-infarto, o AAS é uma das medicações essenciais para prevenir um novo evento e não deve ter seu uso descontinuado sem uma avaliação do médico cardiologista. Em muitos casos o medicamento pode ser mantido normalmente.”
A cardiologista também lembra que sempre que o paciente cardíaco for atendido por outro profissional ele deve relatar as suas doenças prévias, os medicamentos que usa em casa e, se possível, levar os últimos exames do coração.
Dra. Thais também aproveitou a oportunidade para falar sobre a importância de uma hidratação adequada. “Essas infecções podem cursar com uma perda de líquidos significativa gerando desidratação. De forma simples, o pensamento seria aumentar a ingestão de água, porém, vale destacar que, em alguns casos, a hidratação exige moderação, pois, o excesso de água também pode fazer mal, como no caso dos pacientes com insuficiência cardíaca, por exemplo. Até o soro caseiro (água, sal e açúcar) precisa ser ponderado em pacientes que possuem alguma doença do coração! Enfim, é muito importante procurar o médico assistente (aquele que faz o acompanhamento contínuo do paciente) para adotar a melhor conduta para a situação. Cada caso é um caso”, detalhou.
A cardiologista também lembra que os idosos cardíacos merecem atenção especial e, em alguns casos, pode ser indicada até mesmo a internação para monitoramento e redução dos riscos de complicações. “Na verdade, não importa a idade do paciente cardíaco. Em caso de suspeita de dengue, zika, influenza, covid-19 ou outras infecções, não hesite em procurar o médico e fazer uma consulta por mais leves que sejam os sintomas. Nada substitui a avaliação e o acompanhamento de um especialista nesses casos”, pontua.
No final da entrevista, Dra. Thais Maia lembrou da importância da vacinação. “É comprovado que as vacinas reduzem as formas graves de muitas doenças como a gripe por exemplo. Mantenham as vacinas e seus respectivos reforços sempre em dia. Já no caso da dengue ainda não termos vacina disponível, mas podemos minimizar os riscos de contágio acabando com os criadouros do mosquito transmissor. Lembrando sempre que, em caso de dúvidas, é importante procurar ajuda médica e não realizar a automedicação. Nossa vida é preciosa e merece todo o cuidado”, conclui.
Saiba mais
Para saber mais sobre o universo da Cardiologia e o trabalho da Dra. Thais Maia, as pessoas interessadas podem entrar em contato com a Clínica Center Med, que fica na Rua Walter Hubacher, 1128, celular / WhatsApp (67) 9 9961-2929, no centro de Nova Andradina, sendo que, ela atende de forma particular, pelos convênios Cassems, Oeste Saúde e pelo cartão de descontos Amena.
A cardiologista também está presente no Instagram @drathaismaiacardio com várias dicas de saúde e curiosidades.
Além da Clínica Center Med, Dra. Thais Maia atua no Hospital Cassems de Nova Andradina e no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba.
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