Publicado em 25/09/2020 às 15:34, Atualizado em 25/09/2020 às 19:40
Na região, também fazem parte Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul e Taquarussu
Atento à expressiva queda de imunização da população como um todo, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS) desenvolveu o Projeto Vacinômetro, que visa enfrentar as falhas relacionadas à baixa cobertura vacinal no Estado e a real possibilidade de introdução de doenças imunopreveníveis já erradicadas no País, especialmente neste momento de pandemia, que pede mais atenção das autoridades quanto ao assunto imunização.
Até agora, a iniciativa conta a adesão de 34 municípios, entre eles Nova Andradina, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul e Taquarussu.
O projeto permite o monitoramento das taxas de cobertura vacinal dos municípios do Estado e disponibiliza aos promotores de Justiça, especialmente àqueles com atribuição na área da saúde pública e infância e juventude, uma base de dados desenvolvida pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do MP-MS que compara a cobertura vacinal local com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, bem como modelos de peças para atuação institucional neste assunto, e apresenta as metas atingidas para cada um deles, além do ranking dos municípios com as piores e as melhores taxas de adesão.
Ao todo, 34 municípios de Mato Grosso do Sul já estão executando o Projeto Vacinômetro, tendo os promotores de Justiça acionado os gestores municipais para providências quanto à necessidade de aumento da imunização da população, atuação esta que já ganhou repercussão nacional. Confira os dados aqui.
A promotora de Justiça, Ana Cristina Carneiro Dias, coordenadora do Núcleo da Cidadania, esclareceu que o Ministério Público Estadual cobrará dos gestores ações voltadas à melhoria da vacinação da população, citando como exemplo, manter a sala de vacina aberta durante todo o horário de funcionamento das unidades de saúde, não criar barreiras ao acesso da população às vacinas, como sistema fora do ar e ausência de documentos.
Ela ressaltou que a ideia é: “deu chance, vacine”, aproveitando as oportunidades de vacinação. Pontuou que os municípios também precisam monitorar a cobertura vacinal, buscando usuários faltosos, principalmente populações em vulnerabilidade. Apontou a existência de uma falha muito comum e que pode estar causando o diagnóstico da baixa cobertura que é a ausência de registro da vacina porventura aplicada. Afirmou que o projeto visa também combater a informação falsa (fake news) sobre a vacinação: “Não é opção do cidadão, é obrigação”.
A imunização é a única maneira de garantir que doenças, antes erradicadas, não voltem. Por isso a importância de os pais e responsáveis das crianças e adolescentes compreenderem que o ato de vacinar protege não somente os seus filhos, mas toda a coletividade, que também é beneficiada com este ato de proteção e cuidado. (As informações são do MP-MS).
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