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Condenado na Máfia dos cigarros que atuava na região de Nova Andradina é excluído da PM

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Foto: Arquivo Nova News

Submetido a uma operação direcionada contra a Máfia do Cigarro, o subtenente José Roberto dos Santos, de 56 anos, foi retirado do serviço inativo da PM (Polícia Militar). 

A exclusão, determinada judicialmente, foi divulgada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (24). A portaria foi emitida pelo comandante-geral da PM, coronel Renato dos Anjos Garnes, conforme reportagem do Campo Grande News.

O policial foi sentenciado a 12 anos e 5 meses de prisão por corrupção passiva, corrupção ativa, participação em organização criminosa e facilitação, em pelo menos 47 ocasiões, do contrabando. No esquema da operação Nepsis, conduzida pela PF (Polícia Federal) em 2018, José Roberto foi identificado como o policial responsável pelo pagamento e garantia dos contrabandistas.

Ainda conforme a reportagem, em outras palavras, ele recebia uma quantia mensal, distribuía subornos e garantia a passagem do cigarro contrabandeado do Paraguai pelas estradas de Mato Grosso do Sul. O subtenente ocupava o cargo de comandante da PM em Nova Casa Verde, um distrito de Nova Andradina.

“Durante as investigações, ficou evidente que o policial militar denunciado, José Roberto dos Santos, que atuava como comandante da PM de Nova Casa Verde, município de Nova Andradina/MS, recebia mensalmente R$ 30.000,00 (trinta mil reais) da organização criminosa para dividir entre dez policiais militares que compunham o efetivo do posto da Polícia Militar e que haviam sido corrompidos”, destacou a investigação da PF.

A sentença, com execução em regime fechado, e a expulsão da Polícia Militar foram estabelecidas em uma decisão publicada em 5 de junho de 2023. A defesa apelou para o TJMS (Tribunal de Justiça), mas o recurso foi negado. Em 12 de abril, José Roberto ingressou no Presídio Militar de Campo Grande para cumprir sua pena.

Durante o processo, a defesa alegou falta de provas, acusação genérica e que os bens do policial eram incompatíveis com os de um integrante de um grupo criminoso que movimentava milhões, pois ele possuía apenas uma casa, um Fiat Uno do ano de 2012 e, por questões financeiras, recorria a empréstimos bancários. Segundo o Portal da Transparência do Governo de MS, ele é um servidor inativo e possui uma remuneração de R$ 14.643. 

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