Desde a chegada da pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas, porém, o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (SIMTED) de Batayporã esclarece que o ano letivo segue normalmente por meio de aulas remotas, tanto na rede Municipal quanto na Estadual - Confira o spot institucional do SIMTED de Batayporã sobre as aulas remotas ao final desta matéria.
O presidente da entidade, professor Edson Zoppi, frisa a importância de se valorizar o esforço de todos os servidores da Educação, sejam professores ou administrativos, que, em suas palavras, não estão medindo esforços para que, mesmo fora do ambiente escolar, a transferência de conhecimento aconteça.
Rede Municipal
Em contato com a secretária de Educação de Batayporã, Sônia Nantes, ela explicou que na Rede Municipal, foram criados grupos de WhatsApp nos quais, por meio de vídeos, os professores ministram suas aulas. “Muitos deles não tinham intimidade com a tecnologia, com as redes sociais, mas se dispuseram a dar esse passo, vencendo também a timidez e gravando videoaulas maravilhosas para suas turmas”, explicou.
Além disso, a secretária destacou o empenho da equipe administrativa que trabalha na impressão e distribuição de apostilas periódicas por meio das quais os conteúdos chegam a todos os estudantes, até mesmo os da zona rural, que, muitas vezes, moram em sítios e fazendas localizados bem distantes da cidade.
“Nestas apostilas há o número de telefone de cada professor para que os alunos ou seus responsáveis possam tirar eventuais dúvidas sobre os conteúdos”, explicou Sônia, ao detalhar que, atualmente, a Rede Municipal de Batayporã conta com cerca de 1.280 estudantes desde a creche até o Ensino Fundamental.
Educação Especial
Em Batayporã, há também a Escola de Educação Especial “Luz do Amanhã”, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que atende 80 pessoas de várias idades, com deficiência intelectual e múltipla, sendo que, neste caso, as aulas também passaram a ser ministradas de forma domiciliar e remota, por meio de grupos de WhatsApp e via telefone.
Professores e administrativos trabalham na elaboração e distribuição de atividades impressas que são entregues semanalmente nas casas dos alunos, bem como técnicos nas áreas de Saúde a Assistência Social oferecem apoio e orientação às famílias.
Rede Estadual
Em Batayporã, com relação às escolas da Rede Estadual, Braz Sinigáglia e Jan Antonin Bata, da mesma forma, professores e administrativos se desdobram para que o calendário letivo siga normalmente apesar da distância física entre educadores e estudantes.
Por meio de parceria firmada pela Secretaria de Estado de Educação (SED), plataformas digitais como Google Meet (Google Conhecer) e Google Classroom (Google Sala de Aula), grupos de WhatsApp, publicações nas páginas oficiais das escolas via Facebook e material impresso, inclusive com os telefones de cada professor, fazem com que os conteúdos estejam disponíveis para todos os estudantes.
“A transferência de conhecimento está ocorrendo, a participação e o desempenho de cada estudante estão sendo avaliados e registrados em diário. Embora à distância, toda a nossa equipe está empenhada para que o ano letivo seja aproveitado da melhor forma possível”, explica a professora Gláucia Bravin, diretora da Escola Estadual Braz Sinigáglia, onde estudam 550 alunos.
Na opinião de Gláucia, é muito importante que as famílias e demais pessoas responsáveis pelos estudantes incentivem e apoiem estes alunos para que, embora fora da sala de aula, eles se sintam motivados a estudarem.
Segundo o professor Augusto Leite, diretor da Escola Estadual Jan Antonin Bata, que conta com 690 estudantes, a pandemia de covid-19 trouxe um momento novo para todos os segmentos da sociedade, mas não deve ser desculpa para que a Educação seja deixada de lado.
Augusto reforça que a participação dos alunos está sendo registrada em diário e, inclusive detalhou que casos de estudantes que não participarem das atividades por determinado período, sem justificativa plausível, poderão ser comunicados ao Conselho Tutelar e tratados como evasão escolar, com a possibilidade de que suas famílias sejam responsabilizadas.
“São várias ferramentas que fazem com que os conteúdos sejam transmitidos aos estudantes e pedimos para que eles, os alunos, se esforcem assim como os professores e administrativos estão se esforçando. As escolas não estão de férias, o ano letivo está em andamento”, afirmou.
SIMTED
O presidente do SIMTED de Batayporã, professor Edson Zoppi, lembra que as escolas estão de portas abertas para que os pais e os responsáveis pelos estudantes possam obter mais informações sobre as plataformas utilizadas para a transferência de conhecimento nesta época de pandemia.
“Destaco o empenho de toda a categoria da Educação que, como temos observado, tem se reinventado para que o ano letivo seja prejudicado o mínimo possível. Professores e administrativos estão usando de ferramentas alternativas e de muita criatividade para que os alunos recebam estas atividades e as devolvam às suas escolas para avaliação. Estamos vivendo um momento novo que, na verdade, é um grande aprendizado para todos nós”, pontuou Zoppi.
Ainda nas palavras do presidente, o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (SIMTED) de Batayporã se coloca à disposição da classe para que este momento delicado seja superado.
“É claro que a pandemia traz, a toda a humanidade, grandes transtornos e fica aqui o nosso respeito a todas as vidas que foram ceifadas pela covid-19, mas, por outro lado, este é um período que nos faz sair da nossa zona de conforto e buscar alternativas para que aquilo que é essencial não seja paralisado. Estamos, literalmente, aprendendo grandes lições e temos a oportunidade de sairmos deste momento de turbulência bem melhores do que entramos”, finalizou Zoppi.
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