Publicado em 27/11/2024 às 06:00, Atualizado em 28/11/2024 às 23:09

Staking e restaking: entenda como maximizar os lucros no mercado de criptos

Conheça as estratégias de staking e restaking, como elas funcionam e de que maneira podem potencializar os ganhos de investidores no crescente mercado de criptomoedas

Márcia Regina, Opinião
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Imagem: pvproduções no Freepik

O mercado de criptomoedas não para de evoluir, oferecendo novas formas para investidores maximizarem seus retornos além da simples compra e venda de ativos. Entre essas estratégias estão o staking e o restaking, práticas que permitem gerar rendimentos passivos enquanto se mantém uma posição em determinadas moedas digitais. Ao entender esses mecanismos, os investidores podem aproveitar melhor as oportunidades do setor.

O que é staking e como ele funciona?

Staking é o processo pelo qual os detentores de criptomoedas participam na validação de transações em redes blockchain que utilizam o mecanismo de consenso chamado Proof-of-Stake (PoS). Ao “travar” suas moedas em uma carteira digital, os participantes ajudam a manter a segurança e o funcionamento da rede, recebendo em troca recompensas proporcionais ao valor investido.

Redes como Ethereum, Cardano e Polkadot já utilizam o PoS como base, atraindo investidores com promessas de retornos anuais que podem variar de 5% a 20%, dependendo do ativo e das condições de mercado.

Restaking: uma evolução do staking

O restaking, por sua vez, é uma inovação que está ganhando espaço no mercado. A prática consiste em usar as recompensas obtidas no staking original para reinvestir e gerar ainda mais rendimentos. Em alguns casos, o restaking também pode ser aplicado em redes diferentes, permitindo aos investidores diversificar sua exposição enquanto aumentam seus retornos.

É uma forma de alavancagem dentro do próprio universo do staking. Com o restaking, o investidor pode potencializar os ganhos de maneira inteligente, aproveitando os juros compostos.

Essa prática se tornou mais popular com o advento de plataformas DeFi (finanças descentralizadas), que oferecem ferramentas para automatizar o processo de reinvestimento, reduzindo o esforço e otimizando o tempo do investidor.

Como começar com staking e restaking?

1. Escolha da criptomoeda

Nem todas as moedas digitais oferecem a opção de staking. É essencial pesquisar quais ativos são compatíveis com o PoS e entender as especificidades de cada rede. Além disso, é importante considerar fatores como liquidez, volatilidade e histórico do projeto.

2. Seleção da plataforma

Plataformas como exchanges centralizadas e carteiras específicas facilitam o staking para investidores. Já para o restaking, plataformas DeFi têm ganhado destaque por sua flexibilidade e eficiência.

3. Avaliação de riscos

Embora o staking e o restaking sejam considerados menos arriscados do que o trading de curto prazo, eles não estão isentos de riscos. A desvalorização da criptomoeda utilizada ou problemas na rede blockchain são fatores que podem impactar os rendimentos.

4. Planejamento financeiro

Adotar uma estratégia de restaking requer disciplina. O reinvestimento das recompensas pode aumentar os retornos, mas também exige paciência, já que os resultados mais expressivos tendem a aparecer no médio e longo prazo.

Vantagens e desafios

Entre as vantagens do staking e restaking estão a geração de renda passiva, a contribuição para a segurança da rede blockchain e a possibilidade de diversificação no portfólio de investimentos. Além disso, o restaking oferece o benefício dos juros compostos, maximizando os retornos ao longo do tempo.

Por outro lado, os desafios incluem o risco de perdas em caso de queda do valor da criptomoeda, a possível falta de liquidez para resgatar os ativos em momentos de necessidade e a dependência de uma infraestrutura tecnológica robusta.

Como em qualquer estratégia de investimento, o segredo é equilibrar riscos e recompensas. A diversificação e o estudo prévio são fundamentais para obter sucesso com staking e restaking.

Mercado em expansão

A crescente adoção de redes baseadas em PoS e o avanço das plataformas DeFi indicam que o staking e o restaking continuarão a atrair investidores nos próximos anos. Com a possibilidade de ganhos consistentes e a redução da volatilidade, essas estratégias têm se consolidado como uma alternativa viável para quem busca explorar o universo das criptomoedas de forma sustentável.

À medida que o mercado evolui, entender as nuances dessas práticas será cada vez mais importante para aqueles que desejam maximizar os lucros sem abrir mão da segurança. Para muitos, staking e restaking representam uma oportunidade de investimento e também um passo em direção ao futuro das finanças digitais.