Destaque em nível nacional. Assim o setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul tem expandido na produção, geração de empregos e competitividade. Este cenário tem o apoio do Governo do Estado, em programas importantes como “Renova MS” e na política de incentivos fiscais, trazendo novas empresas do setor. A produção de cana-de-açúcar já é a quarta maior do Brasil.
A Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de MS) divulgou os resultados da safra de cana-de-açúcar (2022/2023) que chegou a 43,5 milhões de toneladas, a quarta maior do Brasil. Isto significa um crescimento de 8% em relação ao ano passado, que registrou 40,9 milhões (toneladas).
A estimativa é que a safra 2023-2024 chegue a 47 milhões (toneladas), o que pode representar um crescimento de mais 10%. O diretor-executivo da Biosul, Érico Paredes, avalia que o setor sucroenergético está na sua terceira fase de expansão no Estado.
“O volume de chuva registrado nos últimos meses tem contribuído para a recuperação da produtividade dos canaviais em Mato Grosso Sul. Temos ainda a ampliação do parque industrial no Estado, e contamos com a chegada de novas unidades que devem entrar em operação”, afirmou Paredes.
A produção de etanol hidratado chegou a 1,6 bilhão de litros nesta safra e a de etanol anidro teve a marca de 904 milhões de litros, o que representa 21% a mais do que volume do ciclo anterior. No total a produção (etanol) chegou a 3,2 bilhões de litros, 33% maior que a safra passada.
“O setor sucroenergético possui mais de 20 unidades industriais no Estado, com geração de milhares de empregos. Ainda tem geração de energia limpa e etanol que exporta para o Brasil inteiro”, destacou o governador Eduardo Riedel.
Ele ponderou que o setor está robusto e consolidado no Estado. “Ainda dispõe de uma agenda sustentável importante, com boas práticas nas questões ambientais e sociais. Nos dá orgulho em ver um setor que se organizou e contribui com o Estado para ser carbono neutro até 2030”, completou.
Economia e empregos
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) destacou a relevância do setor na economia do Estado.
“Dispomos de 19 usinas operando no Estado. Hoje Mato Grosso do Sul já tem 860 mil hectares plantados de cana, já é a segunda cultura depois de soja e milho, e o foco tem sido na produtividade da cana, com melhorias nas tecnologias. Temos hoje ampliação e construção de novas usinas, como a retomada de Anaurilândia e a construção de uma nova (usina) em Paranaíba”, relatou Verruck.
Ainda citou que o setor tem a melhor “massa salarial” do Estado, gerando empregos nas cidades. “O salário médio é muito bom. Também tem impacto nos municípios, sendo o setor que mais emprega no Estado enquanto segmento industrial, com mais de 26 mil pessoas empregadas”.
Programas
Em apoio ao setor, o Governo do Estado lançou programas importantes, entre eles o “MS Renovável”, que tem a intenção de estimular a implantação e ampliação de sistemas geradores de energia a partir de fontes renováveis, como eólica, termossolar, fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, biogás, hidrogênio, entre outras.
O Estado já dispõe de 79% da sua matriz elétrica por meio das fontes renováveis, entre elas a biomassa da cana-de-açúcar. O programa faz parte do projeto “MS Carbono Neutro”, que tem como meta tornar o Estado neutro em emissões até 2030.
Outra realidade no Estado é a produção de biogás e biometano a partir da vinhaça, que é um subproduto da cana-de-açúcar, sendo mais uma fonte alternativa sustentável. O Governo inclusive assinou uma resolução que trata da normatização e padronização da distribuição e aplicação da vinhaça, mostrando seu diferencial nas práticas sustentáveis.
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