Publicado em 28/01/2025 às 13:30, Atualizado em 28/01/2025 às 16:24
Capacidade de suportar estresses ambientais, como o calor e os períodos de estiagem, estão entre as vantagens da cultura
Utilizado em grande volume para a finalidade de nutrição animal e em vários países até mesmo como alternativa altamente viável para uso na alimentação humana, especialmente diante do grande aumento de casos de intolerância ao glúten, o sorgo tem conquistado cada vez mais espaço a nível mundial.
Dentre os cereais que são isentos de glúten e são utilizados na fabricação de alimentos, o sorgo é caracterizado como um produto-base para mais de trinta países e meio bilhão de pessoas, sendo que, pelas suas mais diversas propriedades nutricionais e funcionais, além das facilidades para seu cultivo, ele pode ser chamado de um dos “alimentos do futuro”.
Embora no Brasil, a utilização do sorgo para a alimentação humana ainda não seja tão expressiva e seu uso mais comum ainda é na nutrição animal, seu cultivo tem apresentado crescimento e, neste contexto, as propriedades rurais de Mato Grosso do Sul têm acompanhado essa tendência, como estratégia de substituição à cultura do milho.
Vale destacar que estudos realizados há alguns anos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já mostravam as principais vantagens que a cultura do sorgo oferece, destacando-se, entre elas, o alto potencial de produção de grãos e de forragem, além da sua extraordinária capacidade de suportar estresses ambientais.
A título de exemplo, pesquisas mostram que o sorgo necessita de muito menos água do que o milho, sendo mais tolerante aos períodos de seca, além de ser mais resistente às altas temperaturas. A cultura também se adapta muito bem a solos com baixa fertilidade, oferecendo ao produtor muito mais segurança e menos riscos de perdas do que a cultura do milho.
Do ponto de vista de mercado, o cultivo de sorgo em sucessão a culturas de verão tem contribuído para a oferta sustentável de alimentos de boa qualidade e de baixo custo para alimentação animal, tanto para pecuaristas, de forma direta, quanto para a agroindústria de rações.
O produto tem liquidez para o agricultor e grande vantagem comparativa para a indústria, que, cada vez mais, procura alternativas para compor suas rações com qualidade e menos despesas.
Procurado pelo Nova News, o representante da Nortox (empresa que atua desde 1954 no segmento agrícola brasileiro nos ramos de sementes, defensivos, nutrição e adjuvantes), Everton Prado, que atende a região do Vale do Ivinhema, explicou que a cultura do sorgo atualmente se faz presente em municípios como Batayporã, Ivinhema e Taquarussu, dentre outros.
Ele forneceu alguns dados importantes que reforçam as vantagens do sorgo, como, por exemplo, a estabilidade de preços da saca com 500 mil sementes para plantio, que, nos últimos anos tem se mantido na casa dos R$ 700,00, enquanto, por outro lado, a saca do produto bruto destinado à venda tem apresentado alta.
“Em 2023 e 2024, a saca de 60 quilos do sorgo era vendida pelo produtor na margem de R$ 27,50 até R$ 30,00 e, agora, em 2025, a mesma saca já alcança a marca dos R$ 50,00”, compara Everton Prado, ao citar como exemplos tabelas de cotações de uma importante cooperativa agrícola que atua no Estado.
Em sua avaliação, a estabilidade do preço das sementes, o menor índice de perdas decorrentes de fatores climáticos e a valorização na hora da venda são fatores que têm levado muitos produtores da região a tirarem um pouco o foco do milho e expandirem seus horizontes, optando pelo sorgo como uma opção mais viável e segura.
Saiba mais
O representante da Nortox no Vale do Ivinhema, Everton Prado, disse ao Nova News que está à disposição para fornecer informações e tirar dúvidas sobre o tema do cultivo do sorgo, sendo que, as pessoas interessadas podem entrar em contato pelo celular (67) 9 9978-0222 e pelo WhatsApp (67) 9 9623-5562.
Vale destacar que, nos últimos anos, conforme levantamentos realizados pela Fundação MS para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, as sementes de sorgo da Nortox têm ocupado importantes colocações no ranking de produtividade em diversas propriedades estudadas em Mato Grosso do Sul:
(Matéria produzida com informações da Embrapa Milho e Sorgo e da Fundação MS para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias).