Publicado em 05/02/2020 às 11:02, Atualizado em 05/02/2020 às 15:05
Setor conta com 1.938 estabelecimentos, que juntos empregam 19.585 pessoas
Alavancada pela retomada da economia, a indústria da construção civil de Mato Grosso do Sul espera crescer até 2% neste ano no valor bruto da produção (VBP), que encerrou 2019 em R$ 3,20 bilhões e, com a projeção, pode chegar a R$ 3,26 bilhões em 2020. A estimativa é do presidente do Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, que projeta um ano positivo para o segmento em todo o Brasil.
Ainda de acordo com o líder empresarial, hoje a indústria da construção conta com 1.938 estabelecimentos, que juntos empregam 19.585. “A nossa expectativa para este ano é de que o número de trabalhadores do segmento chegue a dezembro com 24.585 empregados com carteira assinada, representando a abertura de 5 mil novas vagas”, declarou.
Amarildo Miranda Melo afirma que a construção civil está trazendo bons resultados desde o ano passado e a expectativa é de que este ano seja ainda melhor. “Não tenho dúvida que será um ano de elevação da empregabilidade. Já sentimos que o ânimo é muito grande no setor. No ano passado, tivemos um crescimento de 1,2% em relação a 2018, mas tenho visto em nossa base vários empresários lançando edifícios e obras”, afirmou.
Os empresários que atuam neste segmento se mostram otimistas e planejam crescer junto com o segmento. O avanço do PIB da construção neste ano será puxado, essencialmente, pela autoconstrução e reformas, que seguirão liderando a recuperação aliadas às atividades empresariais. “A previsão de alta da construção será composta por autoconstrução e reformas, serviços especializados para obras novas edificações”, assegurou o presidente do Sinduscon-MS.
Ainda de acordo com ele, a expectativa é que o poder público invista em infraestrutura. “O setor da construção civil precisa que o poder público ajude, investindo em saneamento, construção civil, edificação. Porque, infelizmente, o Brasil hoje ainda depende muito do setor público porque está começando a dar os primeiros passos para se tornar um país de economia aberta”, analisou.
No ano passado, o resultado positivo colocou fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB da construção encolheu 30%. “A percepção é de que a crise do segmento ficou para trás, mas, para que as perspectivas se consolide, o governo federal terá que dar condição jurídica e melhoria na concessão de crédito. A Reforma da Previdência sinalizou aos investidores que o País tem tomado as atitudes que precisam ser tomadas”, pontuou o líder empresarial.
Neste ano, conforme ele, a expectativa é pelas reformas tributárias, tanto federal, quanto municipal e estadual, além das privatizações, que fazem com que haja aumento nos investimentos. “Também o anúncio recente do presidente da Caixa Econômica Federal nos reporta que a partir de abril teremos uma nova modalidade de financiamento, com juros zero e prestação fixa, o que deve impulsionar muito a indústria da construção civil”, comemorou.