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Consumo consciente: Um novo modo de pensar está transformando vidas e o empreendedorismo

Abrir uma empresa é o sonho de muitas pessoas. Na verdade, trata-se do desejo de mais da metade da população brasileira - segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizada pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe).

Infelizmente, a maioria dos novos empreendedores ainda não está preparada para começar essa empreitada.

Muitos não entendem sobre a questão das taxas governamentais que terão que pagar, não conhecem a incidência de impostos sobre a venda de seus produtos, não sabem que terão despesas com contabilidade, que precisarão investir em sistemas de vendas, Serasa Certificado Digital, emissor de notas fiscais, entre várias outras despesas que são necessárias para manter um negócio ativo.

Essa falta de conhecimento é uma das responsáveis pelo encerramento de inúmeras empresas, ano a ano.

Um levantamento da Contabilizei, revelou que só nos primeiros seis meses do ano de 2023, 427.934 empreendimentos entre micro, pequeno, médio e grande porte, encerraram suas atividades.

Felizmente, há certos nichos de mercado que possibilitam que os compromissos fiscais sejam bem menos dolorosos, e para melhorar, estão em pleno crescimento, muitas vezes apresentando chances muito maiores de sucesso do que a maioria dos negócios que estão em nichos super concorridos.

Lojas de roupas importadas, por exemplo, pagam cerca de 60% de impostos de importação - o que pode dificultar, consideravelmente, as vendas.

Se as roupas e acessórios fizerem parte da economia circular, os impostos de importação são “excluídos” da equação.

Quando se trata das melhores marcas de relógio, por exemplo, os preços podem estar um pouco acima do que a maioria das pessoas estaria disposta a pagar. Alguns modelos podem custar mais do que uma viagem ao Beto Carrero. Outros, mais do que uma viagem para a Disney. E com direito a levar a família junto.

Os negócios de economia circular e que envolvem consumo consciente, como os brechós de luxo, as oficinas de reforma de roupas e calçados, e as empresas de aluguel de itens diversos estão se expandindo, justamente porque as pessoas estão começando a compreender que bom gosto não precisa ser sinônimo de perdularismo, e que o usufruto das coisas pode ser, muitas vezes, mais interessante do que a posse.

Nas praias do país inteiro, está sendo cada vez mais comum encontrar lojas, galpões e até mesmo ambulantes, alugando pranchas de surfe de standup, skates, bicicletas e patins para quem quer passear pelos calçadões, bugs e pedalinhos para passeios na areia, bolas, raquetes, cadeiras, guardas-sol e vários outros itens e equipamentos que, em muitos casos, se comprados, seriam utilizados poucas vezes e ficariam, apenas, ocupando espaço em algum lugar da casa.

Algumas das melhores raquetes de beach tennis podem custar cerca de R$8 mil, enquanto uma prancha de standup pode sair na faixa de R$6 mil.

Para profissionais, pode ser uma ótima pedida, mas quem quer, apenas, se divertir nas areias de alguma praia brasileira, não é necessário desembolsar mais do que R$100 para usar alguns desses itens, por um dia inteiro.

Em alguns casos, com R$10 já é possível passar uma horinha, ou mais, se divertindo com algum equipamento alugado.

Para o consumidor, o aluguel mais do que compensa, assim como acontece com as roupas de brechós.

Na hora de fazer as contas e avaliar o custo x benefício, a moda circular e o aluguel de produtos e equipamentos, parece ser uma decisão com muito sentido. Algo, de fato, muito inteligente.

Para os empreendedores, o nicho de mercado é muito menos concorrido, está em franca expansão e envolve, em vários casos, menos custos com taxas e impostos. Para quem pensa em empreender em 2024, isso, com certeza, é um ponto que se deve considerar.

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