Mato Grosso do Sul teve a quinta menor taxa de desocupação do País no primeiro trimestre de 2024 (janeiro a março), conforme a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar Contínua) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada nessa sexta-feira (17).
O índice de desocupação do Estado ficou em 5%, um ponto percentual acima do índice apurado no quarto trimestre do ano passado (4%). Cabe lembrar que apenas sete estados e o Distrito Federal tiveram variação positiva no índice nessa última pesquisa e em nível nacional, o nível de desocupação também subiu em meio ponto percentual, fechando em 7,9%.
Esse movimento já era esperado e ocorre regularmente no primeiro trimestre de cada ano devido ao impacto das demissões dos trabalhadores temporários contratados para atender as demandas da movimentação comercial do fim de ano, ponderou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.
Ele observa que a economia do Estado continua em plena atividade e o índice de 5% apurado até o final de março pode não refletir mais a realidade, pois já se passaram mais de 45 dias da realização do levantamento.
"Além disso, quando comparamos com o primeiro trimestre de 2023, notamos uma situação de estabilidade nos índices (4,8% e 5%), portanto essa movimentação da economia é sazonal e já era esperada", ponderou.
Conforme o secretário, o índice de Mato Grosso do Sul está muito perto do que os economistas costumam considerar 'pleno emprego', que é quando a taxa de desocupação fica abaixo de 4% da população economicamente ativa.
Apenas três estados (Mato Grosso e Rondônia, com 3,7%; e Santa Catarina, com, 3,8%), enquadravam-se na condição de pleno emprego durante o primeiro trimestre de 2024. O quarto menor índice foi do Paraná, com 4,8% e em seguida vem Mato Grosso do Sul, com 5%. A Bahia tem o maior índice, com 14%, seguida de Pernambuco (12,4%) e do Amapá (10,9%).
Em todas as regiões do País a desocupação atinge mais as mulheres do que os homens. Essa diferença é menor na região Sul: enquanto o índice de homens desocupados é de 4,1%, o de mulheres é de 6%. A região Nordeste – que também tem o maior índice de desocupados – ostenta a maior diferença de ocupação entre os sexos: 9% para os homens e 14% para as mulheres.
Na região Centro-Oeste a diferença é de 3,1% (enquanto a desocupação só atinge 4,7% dos trabalhadores do sexo masculino, a fatia de mulheres sem emprego é de 7,8%).
O IBGE considera desocupadas as pessoas com mais de 14 anos que, na semana de realização da pesquisa, estavam sem trabalho que gera rendimento para o domicílio, que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho durante os 30 dias anteriores à pesquisa e que estavam disponíveis para exercer alguma atividade remunerada naquela semana.
Os pesquisadores do IBGE fizeram cerca de 2.200 entrevistas em 211 mil domicílios de 3.464 municípios durante o levantamento. Os resultados estão disponíveis na página do Instituto na Internet.
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