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"A tragédia da pedofilia no Brasil: Até quando vamos tolerar o intolerável?", por Sargento Betânia

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Imagem: Divulgação

O Brasil, conhecido por sua diversidade e alegria, carrega uma mancha revoltante: a pedofilia. Enquanto se discute direitos humanos para criminosos e se propaga a ideia de que o bandido é vítima da sociedade, nossas crianças seguem sendo alvo de monstros que encontram no sistema jurídico um escudo de impunidade e leniência.

Em 2023, o Disque 100 recebeu 226 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Destas, 63% estavam relacionadas à violência sexual. (fontes:agênciabrasil.ebc.com.br e Oestadoonline.com.br).

No Mato Grosso do Sul, de janeiro a junho de 2023, foram registrados 1.044 casos de estupros. Somente em Campo Grande, ocorreram 734, dos quais 612 tiveram mulheres como vítimas. Dessas, 382 eram crianças, 189 são adolescentes, e 5 são idosos, conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do MS. (Fontes: Oestadoonline.com.br e campograndenews.com.br)

Esses números escancaram a ausência de políticas públicas eficazes, bem como a falta de punições proporcionais à gravidade dos crimes cometidos revelam a fragilidade do sistema de justiça criminal que, ao falhar em coibir e punir adequadamente esses delitos, contribui para o aumento dos casos e para a perpetuação da impunidade.

No Brasil, redes de exploração sexual são desmontadas a conta-gotas e, quando um abusador é finalmente julgado, penas brandas e indultos generosos fazem parecer que a verdadeira culpada é a vítima. Nossa Justiça, tão zelosa com a 'ressocialização' e o desencarceramento de estupradores, ignora a dor das crianças que terão suas vidas destruídas para sempre.

E a progressão de pena? Em poucos anos — ou até meses — um estuprador está de volta às ruas, pronto para fazer novas vítimas. Já perguntaram às crianças violentadas se elas querem ver seu abusador solto? Pois é... Parece que sua opinião vale menos do que a dos 'especialistas' em direitos dos criminosos."

Para ilustrar a calamidade que enfrentamos, apresento o caso ocorrido na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais. Uma menina de seis anos chegou à escola com as partes íntimas coladas com cola instantânea. O motivo? Proteger-se dos abusos constantes do padrasto. Uma criança forçada a criar um mecanismo de defesa cruel, um retrato do desespero e da violência que sofria dentro de casa.

Descoberta por professores, a cena devastadora escancarou a falha dos mecanismos de proteção. Este caso aterrador é apenas um entre tantos que revelam a dura realidade enfrentada por milhares de crianças no Brasil.

A luta contra a pedofilia é responsabilidade de todos, começando pela prevenção dentro de casa, com pais atentos e diálogo aberto com os filhos. As escolas devem ensinar sobre segurança corporal e incentivar a denúncia. As redes sociais precisam ser monitoradas rigorosamente, para detectar e coibir a ação de predadores que exploram a ingenuidade infantil.

É fundamental capacitar professores, médicos e assistentes sociais para reconhecer sinais de abuso. Campanhas educativas precisam ser reforçadas para que cada criança saiba que não está sozinha. O silêncio é o maior aliado do pedófilo - e a ideia de que "não é problema meu", é inaceitável. Se não for hoje, poderá ser amanhã, com alguém da sua própria família.

Abusadores só compreendem a linguagem da punição. Por conseguinte, a justiça brasileira precisa parar de tratar pedófilos como "doentes" e começar a tratá-los como criminosos perigosos.

A castração química compulsória, já adotada em diversos paises como Polônia, Rússia, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, Cazaquistão e estados americanos como Califórnia e Flórida, é uma resposta necessária.

Além disso, penas mais severas, sem progressão, podem inibir esses crimes.

Quando o sistema de justiça falha em punir os culpados com o rigor necessário, envia uma mensagem perigosa de que o crime compensa e que nossas crianças estão à mercê de seus algozes.

Denuncie! Não Se Cale!

Se você tiver conhecimento de qualquer caso de abuso infantil, denuncie imediatamente. Sua coragem, responsabilidade e amor podem salvar uma vida.

Disque 100 – Canal de Direitos Humanos, 24h para denúncias de abuso e exploração infantil,Conselho Tutelar, Polícia Militar – 190, Delegacia da Polícia Civil.

Cada denúncia pode ser o divisor de águas entre uma infância protegida e uma tragédia anunciada. Se calar diante do mal é como dar um tapinha nas costas do abusador e dizer: "Fique à vontade!" Ou denunciamos, ou compactuamos.

O futuro de uma nação começa com a proteção de suas crianças. Se falharmos nisso, falhamos como sociedade.

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