Familiares de reeducandos entraram em contato com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informando que pessoas estão telefonando, se identificando como advogados, e solicitam dinheiro para que seja feito acompanhamento do interno que estaria com Covid-19.
Conforme denúncias repassadas por familiares de custodiados na Penitenciária de Regime Fechado da Gameleira, a pessoa se identifica como advogado e cobra um valor de R$ 500,00 para fazer o acompanhamento e levar mantimentos para o detento que estaria com a doença, e que o presídio não estaria repassando essa informação.
As informações e serviços prestados nas unidades prisionais são totalmente gratuitos e em hipótese alguma a equipe da penitenciária solicita auxílio financeiro ao familiar.
Um fato curioso é que, nos casos apresentados nas denúncias, os reeducandos sequer estavam realmente em tratamento contra a doença.
A Agepen destaca que em todos os casos identificados de Covid-19, o familiar cadastrado do custodiado é informado pela equipe do presídio, num prazo de até 24 horas após a confirmação. A Penitenciária da Gameleira e os outros maiores presídios de regime fechado do Estado também contam com o Disk-Covid para informações sobre o assunto.
Além disso, é permitido que o próprio familiar cadastrado com a carteirinha de visitante leve os materiais permitidos ao interno até o estabelecimento penal, não necessitando de intermediários para isso.
Outra questão importante é que, mesmo com a suspensão das visitas presenciais, os familiares podem agendar a visita virtual para terem contato com o preso.
O caso já foi repassado à Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) para apurações devidas.
Os relatos até o momento se concentram em contatos feitos com familiares de custodiados na Penitenciária da Gameleira.
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