Publicado em 29/09/2021 às 08:20, Atualizado em 29/09/2021 às 12:24
Comunidades de pescadores relatam diminuição na oferta de peixes e, consequentemente, esmorecimento do turismo de pesca na região
Diminuição considerável de espécies nativas de peixes no Rio Paraná e o consequente esmorecimento do turismo de pesca, além da sujeira excessiva nos rios com presença exagerada de algas, são algumas das dificuldades enfrentadas pelas comunidades que vivem da pesca no entorno dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera, nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Os relatos foram coletados durante audiência pública virtual promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) no dia 21 de setembro, e reforçam a necessidade de estudos aprofundados a respeito da qualidade da água e da disponibilidade de peixes nos reservatórios. A íntegra da ata da audiência pública pode ser acessada aqui.
Com os debates, restaram definidos encaminhamentos, destacando-se a busca de parcerias com universidades da região para a viabilização de estudos e análises técnicas em relação à ictiofauna nos reservatórios das UHEs de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera, bem como o agendamento de reunião com o Ibama e a abertura de diálogo com as concessionárias de serviços junto às usinas.
Participaram da audiência pública, além das procuradoras da República Luisa Sangoi e Samara Dalloul, representantes das colônias de pescadores da região, o deputado estadual da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo José Américo Dias; o prefeito de Castilho (SP), Paulo Duarte Boaventura; o advogado e assessor de Relações Institucionais da Prefeitura de Castilho, Jamil Kassab; o presidente do Conselho Municipal de Turismo da Prefeitura de Castilho, Sidnei Ferreira; e o coordenador da Defesa Civil de Três Lagoas (MS) e representante da Prefeitura Municipal de Três Lagoas no ato, Welton Alves.