Publicado em 02/05/2023 às 07:22, Atualizado em 02/05/2023 às 11:32
Boa parte das crianças no Brasil desejam, ou já desejaram, ser bombeiro algum dia. Essa é uma resposta muito frequente quando indagados sobre qual profissão gostariam de exercer quando forem adultos. O fascínio que o Corpo de Bombeiros exerce no imaginário do público infanto-juvenil tem algumas explicações que indicam o caráter peculiar do ofício dos soldados do fogo.
Primeiro, porque o bombeiro representa o arquétipo do super herói da vida real sem poderes mágicos e sem capa, mas que é capaz de resolver tarefas que lhe são impostas como desafios. Em segundo lugar, os jovens, assim como toda a sociedade, enxergam na missão dos bombeiros em salvar vidas um altruísmo e abnegação quase que impossíveis de encontrar em outras profissões.
Não à toa, praticamente todas as pesquisas nacionais que medem a credibilidade nas instituições públicas e privadas colocam a corporação sempre em primeiro lugar neste quesito. Isto quer dizer que os bombeiros gozam do respeito e da confiança da população brasileira. A boa fama dos bombeiros extrapola as fronteiras e é praticamente uma unanimidade universal, sendo explicada também pela idealização popular do profissional corajoso e destemido que sacrifica a própria vida em favor de outrem.
Nas primícias de sua existência, o serviço de extinção de incêndio foi a primeira especialidade laboral atribuída ao Corpo de Bombeiros no Brasil, a partir da criação da corporação no Rio de Janeiro no ano de 1856 pelo então Imperador Dom Pedro II. De lá para cá, diversas outras incumbências passaram a compor o rol de atividades dos Corpos de Bombeiros, à medida que era necessário que uma instituição estatal se responsabilizasse por novas demandas de atendimentos de incidentes diversos.
A existência do serviço operacional do Corpo de Bombeiros é tão precípua nas sociedades organizadas atuais em virtude de ocorrências complexas que colocam a vida humana em risco que a expansão do trabalho da corporação para cidades de médio e pequeno porte torna-se uma realidade imperativa e necessária para as próximas décadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o índice ideal recomendado é de 1 bombeiro para cada 1000 habitantes, proporcionalmente.
No Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros Militar mantém uma relação de proximidade muito intensa com a população infantil e juvenil. É comum os escolares visitarem o quartel dos bombeiros e também fazerem um passeio no famoso caminhão de incêndio. Além disso, muitos adultos rememoram lembranças de, quando em período colegial, terem recebido a visita dos bombeiros na instituição de ensino ou quando tiveram a oportunidade inesquecível de tirar fotos vestidos com o icônico capacete e a pesada farda militar.
É sabido que a eficiência no serviço público é um princípio norteador que deve ser perseguido pelas instituições. E o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul possui como dimensão de trabalho a resolutividade na entrega do atendimento. O múnus público do Corpo de Bombeiros Militar é não apenas proporcionar satisfação aos usuários do serviço em sua totalidade, mas, na mesma medida, continuar sendo uma corporação de referência e amada pelas crianças no Estado de Mato Grosso do Sul.
(Autor: Pablo Diego Barros de Jesus tem 38 anos, é major bombeiro militar e Comandante do 3º Subgrupamento de Bombeiros Militar Independente na cidade de Nova Andradina-MS).
