A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) deu início à marcação de peixes com o objetivo de monitorar o período reprodutivo de espécies nativas do Rio Paraná. A ação faz parte do Programa de Conservação da Biodiversidade da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, que fica no distrito de Porto Primavera, em Rosana (SP), e visa a gerar dados para monitoramento sobre a permanência, os hábitos reprodutivos e a incidência das espécies nativas nesta região.
Para isso, cerca de 600 peixes de espécies prioritárias, que costumam migrar durante o período da piracema, receberão marcações internas (microchips) e pequenas etiquetas externas.
“A Cesp tem o compromisso de contribuir para a conservação da biodiversidade de toda a região e, para termos sucesso nesse objetivo, precisamos, antes de tudo, monitorar e estudar as espécies e todo o bioma no qual elas estão inseridas. Esses estudos, aliados à tecnologia empregada na nossa escada para peixes e às pesquisas hoje desenvolvidas em parceria com universidades, são o que norteiam todas as nossas ações de conservação”, destaca o gerente de Operações e Sustentabilidade da Cesp, Jarbas Amaro.
O processo de marcação obedece a rígidos critérios visando a garantir o bem-estar dos animais. Depois de capturados, esses peixes são anestesiados, pesados, medidos e marcados.
Em seguida, depois de terem os ferimentos curados, ficam em uma área de descanso, até se recuperarem do anestésico para serem devolvidos ao rio.
Entre as principais espécies a serem marcadas, estão:
curimba,
jaú,
piapara,
pintado,
cascudo-preto,
pacu,
mandi-amarelo e paraguaio,
piracanjuba,
surubim-lima,
dourado e
jurupoca.
São todas espécies que possuem hábitos reprodutivos migratórios na piracema.
Segundo o consultor de Sustentabilidade da empresa, Leandro Celestino, as marcações dos peixes ocorrem conforme o período reprodutivo de cada espécie, que vai de outubro até fevereiro de 2024.
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