A taxa de desemprego no país segue em queda e chegou a 8,9% no trimestre encerrado em agosto, o que representa uma diminuição de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em maio. O número de trabalhadores desocupados foi de 9,7 milhões de pessoas no mês passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, três atividades influenciaram na queda do desemprego em agosto e mostraram aumento da ocupação no recorte: O setor de “comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas” subiu 3% em comparação com o trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho. Já “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” cresceu 2,9%, o que significa mais 488 mil pessoas trabalhando na atividade. Por fim, o grupo “outros serviços” apresentou alta de 4,1%, com a contratação de 211 mil pessoas no período. “Essa retração da desocupação já observada em trimestres anteriores permanece, fundamentalmente, em virtude da expansão do número de pessoas trabalhando, que neste trimestre ficou estimada em 99 milhões de pessoas”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD.
De acordo com o levantamento, o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas exercendo alguma atividade na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,1%.
A pesquisa mostra que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado chega a 13,2 milhões de pessoas, o maior da série histórica. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou 1,1% e chegou a 36 milhões. Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, mantendo a estabilidade na comparação com o trimestre anterior, enquanto o número de empregados no setor público cresceu 4,1% e chegou a 12,1 milhões.
Entre os desalentados, que são pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego por achar que não encontrariam, são 4,3 milhões de pessoas.
Pelo segundo mês consecutivo, o rendimento real habitual cresceu e chegou a R$ 2.713 no trimestre. Esse valor representa uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior.
Sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal.
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