Publicado em 24/11/2021 às 19:20, Atualizado em 24/11/2021 às 23:23

“Dói-lhe a cabeça”, por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon,
Cb image default
Imagem: Divulgação

A cabeça, o bolso, o estômago e até a alma.

Com a economia globalizada, o mundo experimenta uma crise econômica igualmente globalizada, efeitos daninhos da pandemia.

É óbvio, no entanto que alguns países tinham gordura para queimar e “amortecedores” eficientes para absorver a crise.

Não é o caso do Brasil. Por aqui os preços ganharam as nuvens puxados pelos combustíveis, forçando a troca do piru pelo frango ou o frango pela migalha, nas comemorações do nascimento do menino Jesus.

Conversando com o assalariado, ou mesmo com o desempregado, nota-se o suprassumo da mais profunda angústia com a falta de dinheiro para bancar despesas primárias, no fechar das cortinas de 2.021

Mas de quem é a culpa?

O governo diz ser da pandemia.

A oposição diz ser culpa do governo.

Os postulantes da “terceira via” culpam os dois. (É que tem eleições ano que vem).

Alguns analistas culpam o STF por soltar os corruptos, que por sua vez se postam de oráculos da verdade, mas afundaram a economia em seus governos.

Tem até os que culpam o povo.

Cabe aqui lembrar o grande escritor Lima Barreto, que há mais de cem anos afirmou que: “a covardia mental e moral do Brasil não permite movimentos de independência, ela só quer acompanhadores de procissão, que visam lucros e salários nos pareceres”.

Por derradeiro: corrupção, impostos e inflação nas alturas, “no... dos outros” é refresco.

É assim que finda 2.021. (Elizeu Gonçalves Muchon - [email protected]).