Publicado em 21/09/2022 às 06:45, Atualizado em 21/09/2022 às 10:46
O Brasil registrou um aumento de 7,5% no contingente de pessoas ocupadas no mês de julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. São cerca de 100,2 milhões de trabalhadores exercendo alguma atividade profissional, com ou sem registro em carteira. A constatação está em uma nota elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A nota aponta uma melhora generalizada na ocupação, abrangendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e quase todos os setores da economia. A taxa de desocupação recuou pelo décimo quarto mês consecutivo, chegando a 8,9% em julho. No período de 12 meses (entre julho de 2021 e julho de 2022), a população sem nenhum tipo de trabalho recuou 28,7%, passando de 13,6 milhões para 9,7 milhões.
O estudo mostra, ainda, que, no segundo trimestre de 2022, o aumento da ocupação ocorreu de forma mais intensa entre os trabalhadores mais jovens (15,1%) e os mais idosos (18,0%).
Segundo o Ipea, os indicadores de subocupação e desalento confirmam o cenário de recuperação do mercado de trabalho. No mês de julho, os trabalhadores que se declararam subocupados, que estão fazendo um trabalho alternativo até encontrar um definitivo, correspondiam a 6,1% do total da ocupação, resultado 2,2 pontos percentuais inferior ao registrado em julho de 2021. Já a proporção de desalentados, que são pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego por achar que não encontrariam, recuou de 4,4% para 3,6% no período de um ano.
A melhora do mercado de trabalho ocorre também de forma qualitativa, tendo em vista que, embora a maior parte das novas vagas ainda esteja sendo gerada nos segmentos informais da economia, é clara a trajetória de forte crescimento do emprego formal.
No trimestre encerrado em julho, de acordo com a PNAD Contínua, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado cresceu 19,8%, enquanto o de ocupados com carteira no mesmo setor avançou 10%.