Publicado em 29/03/2022 às 08:15, Atualizado em 29/03/2022 às 23:03
Katieli Miranda Silva, de 20 anos, é órfã de mãe e mora com a avó no Assentamento Aldeia, em Bataguassu
A jovem Katieli Miranda Silva, de 20 anos, residente no Assentamento Aldeia, em Bataguassu, está à procura do policial que a ajudou a vir ao mundo.
Ela nasceu prematura, de sete meses, em um trecho na rodovia MS-134, entre o Distrito de Nova Casa Verde e a cidade de Nova Andradina, na tarde do dia 14/11/2001 e esse policial foi quem fez o parto.
Em contato com o Nova News, Katiele que é órfã de mãe desde 2011, disse que tem o desejo de conhecer este agente de segurança e agradecer pelo que fez, porém, a família não sabe seu nome e nem ao certo a qual instituição ele pertence.
O caso
Segundo a avó de Katiele, Noêmia Francisca da Silva, no dia do fato, sua filha, Raquel Fagundes da Silva, residente no Assentamento Santa Clara, também em Bataguassu, e que estava gestante de sete meses, começou a passar mal.
O pai de Katiele, Jaime Miranda, foi até o sítio de um vizinho para ver se ele poderia transportá-la até Nova Andradina, que é a cidade mais próxima, embora a moradia ficasse em território pertencente a Bataguassu, mas o carro do amigo não funcionou.
Desesperado, Jaime foi até a estrada e conseguiu interceptar um homem em uma caminhonete que trabalhava na coleta de tambores de leite das propriedades rurais daquela região.
O leiteiro, como é conhecido esse tipo de profissional, disse que não poderia fazer o transporte de Raquel devido ao fato de sua caminhonete estar com os documentos em atraso, porém, diante das circunstâncias urgentes e da insistência de Jaime, ele aceitou ajudar.
Jaime e Raquel então embarcaram na caminhonete do leiteiro e partiram rumo a Nova Andradina, sendo que, a certa distância da cidade, eles se depararam com uma barreira policial.
Naquele momento, Raquel começou a sentir-se pior, gritando de dor e um dos policiais que integravam a barreira, ao perceber a situação e verificar que a mulher estava em trabalho de parto, decidiu ajudar, sendo que, Katiele nasceu ali mesmo, à margem da MS-134, entre Nova Casa Verde e Nova Andradina, fato que, inclusive, consta em seu registro de nascimento.
Após a criança nascer, todos foram encaminhados de viatura até o antigo Hospital Santa Helena, em Nova Andradina, onde mãe e filha foram atendidas pela equipe médica.
A avó de Katiele conta que ela nasceu bem pequena, com 1,700 kg e que precisou de cuidados especiais por determinado período até ganhar mais força.
Em 2011, quando Katiele tinha oito anos, sua mãe Raquel faleceu devido a problemas de saúde, mas ela diz que desde suas primeiras memórias de infância lhe é contada a história de que ela nasceu na rodovia e, mais recentemente, brotou na jovem o desejo de conhecer o policial que ajudou no seu parto.
Ela disse que pelos relatos da família não é possível saber se a referida barreira no dia do seu nascimento era realizada pela Polícia Militar Rodoviária, Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar, Polícia Civil ou outra força de segurança, uma vez que, todas elas, dentro de suas atribuições e dependendo das operações realizadas, poderiam ter montado o ponto de fiscalização.
O Nova News, em busca de mais detalhes, tentou contato com o pai da jovem, que estava junto de Raquel no momento do parto, mas Jaime, que mora atualmente em Vila Amandina, no município de Ivinhema, estaria trabalhando por alguns dias em uma fazenda, onde o sinal de telefonia celular é indisponível, motivo pelo qual não foi possível falar com ele no momento da produção desta matéria.
Informações sobre essa barreira policial realizada na tarde de 14/11/2001 e que resultou no fato inusitado de um policial realizando um parto na rodovia MS-134, entre Nova Casa Verde de Nova Andradina, e que possam levar à identificação e localização do agente de segurança que ajudou Katiele e vir ao mundo podem ser repassadas pelo WhatsApp (67) 9 9693-7097.
“Todo mundo tem sonhos e um dos meus sonhos, no momento, é saber quem é esse policial. Saber se ele se lembra desse dia, se ele tem algo a me contar... Tenho esperança de que vou conseguir”, finaliza Katiele. (Matéria atualizada às 18h51 de 29/03/2022).
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