O Brasil se tornou um grande teatro da tragédia, onde o trabalhador sustenta, com seus impostos, um sistema que o castiga por cumprir a lei. Enquanto isso, criminosos de todos os tipos — do assaltante de esquina ao corrupto de Brasília — vivem à sombra de um Estado complacente, omisso e, muitas vezes, cúmplice.
Assaltos, latrocínios, estupros, furtos e corrupção são tratados com naturalidade. A resposta das autoridades? Nota de repúdio e mais uma “comissão de estudo”. A impunidade virou norma, não exceção. Aqui, quem comete crime tem mais garantias do que quem o denuncia.
Hoje, o cidadão de bem encontra-se recém-trancafiado dentro de sua própria casa, refém do medo, do abandono e da insegurança. Investe em câmeras, cercas elétricas, segurança privada e medidas de autoproteção, enquanto lhe é negado o direito básico a uma segurança pública eficiente. O Estado lava as mãos, e a Justiça se cala. Enquanto isso, os criminosos desfilam livres, armados e cheios de direitos, ditando as regras do jogo.
O pior é que parte da elite política e jurídica ainda tenta vender a ideia de que punir bandidos é “retrocesso civilizatório”. Dizem isso de seus gabinetes refrigerados, cercados de seguranças armados e carros blindados, enquanto o povo pega ônibus lotado, vive trancado em casa e enterra filhos vítimas da violência.
Mas, se o crime avança sem freios, é porque o verdadeiro poder já não está nas mãos do Estado. Na próxima coluna, falaremos sobre como as facções criminosas tomaram o controle — e transformaram o Brasil em um narcoestado funcional.
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