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Lutando pela vida no HR de Nova Andradina, morador de Batayporã tem transferência negada pelo Estado mesmo com determinação da Justiça

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Família está em desespero com a situação de Catita diante da falta de vaga para sua transferência - Imagem: Arquivo / Família

Lutando pela vida no Hospital Regional (HR) de Nova Andradina, o morador de Batayporã, Antônio Freitas Pedroso, de 72 anos, popularmente conhecido como “Catita”, está tendo vaga de transferência para um centro mais especializado negada pelo Estado de Mato Grosso do Sul, mesmo diante de uma determinação da Justiça.

Em desespero, a família procurou o Nova News para relatar a situação e pedir providências das autoridades competentes no sentido de que o cidadão tenha respeitado o seu direito de acesso ao tratamento de saúde que necessita.

Conforme os familiares, no domingo (28/07), Antônio sofreu uma queda em via pública, ficando com graves ferimentos, principalmente na região da cabeça.

Na ocasião, o paciente foi levado para o Pronto-Socorro Municipal de Batayporã, onde recebeu os primeiros atendimentos, sendo transferido, na sequência, para o HR de Nova Andradina, onde foi diagnosticado com traumatismo craniano com focos de hemorragia e piora gradual no quadro neurológico.

Devido à ausência de leito disponível na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HR de Nova Andradina, “Catita” foi acomodado na emergência, sendo que, devido à gravidade do quadro, foi solicitada, ainda no domingo (28/07) transferência para um centro mais especializado, a fim de que ele seja atendido por um neurocirurgião, porém, o pedido foi negado pela central de regulação Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS), que alegou indisponibilidade de vaga.

Segundo informado pela família, foram negados seis pedidos de transferência feitos pelo HR de Nova Andradina, sendo que, em contato com a direção da unidade hospitalar, o impasse foi confirmado pelo diretor, Márcio Pegoraro. “Estamos solicitando a transferência desde domingo e não estamos conseguindo por falta de leito. Passei a situação para o Estado e estou aguardando”, disse ele.

Com medo de que o quadro do paciente se agrave ainda mais, a família apelou para o Poder Judiciário, sendo que, na terça-feira (30/07), foi deferido pedido de tutela de urgência, obrigando o Estado de Mato Grosso do Sul a providenciar, no prazo de 24 horas, a transferência do paciente para um centro especializado conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, na ausência de vaga na rede pública, a providenciar o referido atendimento na rede particular, com o custeio de todas as despesas, porém, até a manhã desta quinta-feira (01/08), a ordem judicial ainda não havia sido cumprida pela SES-MS e o paciente seguia na emergência do HR de Nova Andradina.

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Mesmo com a decisão judicial proferida no dia 30/07, paciente segue sem conseguir a vaga para transferência - Imagem: Reprodução

Nas palavras de uma das filhas de Antônio Freitas Pedroso, a ordem judicial já foi rejeitada pelo Estado por pelo menos duas vezes nas últimas horas, sendo que, somando-se as outras seis negativas dos pedidos feitos pelo HR, na verdade, a transferência do paciente já foi negada por pelo menos oito vezes.

“O que acontece é revoltante. O cidadão luta a vida inteira, trabalha, paga seus impostos e aí quando precisa de uma retribuição do poder público lhe é negado um dos direitos mais básicos que é a assistência adequada na área da saúde. Estamos em desespero e não sabemos mais a quem recorrer. Ele foi muito bem atendido no Pronto-Socorro de Batayporã e também não temos o que reclamar do HR de Nova Andradina, mas com relação ao Estado, nosso sentimento é de total indignação”, finaliza Beatriz, uma das filhas de Catita.

De forma simultânea à publicação desta matéria, o Nova News iniciou contato com a assessoria de comunicação da SES-MS para repassar o caso em busca de um posicionamento.  

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