Publicado em 13/11/2024 às 06:45, Atualizado em 13/11/2024 às 18:26
Um paciente que está internado no Hospital Regional (HR) de Nova Andradina após um acidente de trabalho tem sofrido não conseguir vaga para atendimento com neurologista. A transferência tem sido negada pela Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) que alega falta de leito.
Conforme apurado pelo Nova News, Elizeu Vieira, de 49 anos, foi vítima de uma queda em seu local de trabalho no último dia 06 de novembro, sendo socorrido até o HR de Nova Andradina, onde foi prontamente atendido, recebendo os devidos cuidados de forma imediata.
Durante os atendimentos no HR, a equipe médica concluiu que o paciente deveria passar por um neurologista para que este profissional da saúde pudesse avaliar Elizeu e diagnosticá-lo do ponto de vista de sua especialidade, até mesmo para evitar a ocorrência de possíveis sequelas.
O problema é que Elizeu Vieira teve, até agora, a transferência para atendimento com neurologista negado pelo Estado, que alega a falta de leito disponível, dado que foi confirmado ao site nesta terça-feira (12), pelo diretor do HR, Márcio Pegoraro.
“Não posso passar informações sobre o quadro clínico do paciente, mas, é possível dizer que Elizeu está internado, sendo medicado... o HR está solicitando vaga via CORE, mas está sendo negada pela central por falta de leito. Ele necessita de avaliação com um neurologista”, disse o diretor.
Em desespero, a família procurou o Nova News para relatar a situação e pedir providências das autoridades competentes no sentido de que o cidadão tenha respeitado o seu direito de acesso ao tratamento de saúde que necessita.
Além de tornar a situação pública pela imprensa, familiares disseram ao site que pretendem também acionar o Poder Judiciário para que o Estado seja obrigado a fornecer o atendimento necessário. “Temos medo de que o quadro do Elizeu possa se agravar ou que complicações possam surgir no futuro”, dizem os parentes.
Vale destacar que caso a Justiça acate o pedido da família, ela pode determinar a transferência do paciente para um centro especializado conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, na ausência de vaga na rede pública, a providenciar o referido atendimento na rede particular, com o custeio de todas as despesas.
Logo após a publicação desta matéria, o Nova News enviou questionamentos sobre o caso à assessoria da comunicação da SES-MS em busca de respostas, sendo, no início da tarde desta quarta-feira (13), o site recebeu a resposta de que vaga seria de responsabilidade do setor de regulação de Dourados. (Matéria atualizada às 14h25 de 13/11/2024).
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