Publicado em 26/08/2024 às 17:49, Atualizado em 26/08/2024 às 22:27
Entre os dias 26 e 30 de agosto, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul realizará uma campanha de identificação de pessoas desaparecidas, focada na coleta de DNA de familiares. Em Nova Andradina, a coleta ocorrerá na Unidade Regional de Perícia e Identificação, localizada na Av. José Heitor de Almeida Camargo, 1044 – Centro.
A campanha, que começa oficialmente no dia 27 de agosto devido ao feriado em Campo Grande no dia 26, também será realizada em outras 14 cidades do Estado, incluindo Campo Grande, Amambai, Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
Fora do período da campanha, as coletas terão continuidade no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forense) a qualquer tempo.
A coleta será feita em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta. A ordem de preferência é: genitores da pessoa desaparecida (mãe e/ou pai biológicos); filhos(as) biológicos(as) da pessoa desaparecida e e o outro genitor desses filhos(as) e irmãos biológicos da pessoa desaparecida (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).
Na hora da coleta, a pessoa irá assinar um Termo de Consentimento para a realização da doação. É preciso levar um documento de identificação junto com as informações do Boletim de Ocorrência do desaparecimento (número, estado de registro e delegacia). Se possível, deve-se apresentar cópia do Boletim de Ocorrência.
Além disso, os familiares podem levar objetos que possam ter material genético da pessoa desaparecida (objeto de uso único e pessoal do desaparecido), como, por exemplo: amostra de cordão umbilical; dente que se tenha guardado ou escova de dente.
A coleta pode ser feita a partir de células da mucosa oral por meio de um suabe (cotonete) que é passado no interior da bochecha. Também pode ser realizada a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo da mão. Não é preciso estar em jejum.
A amostra vai para um laboratório de genética do órgão de perícia oficial para extração de DNA e será inserido no banco de DNA local e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Os bancos de DNA são administrados por peritos oficiais.
Nos bancos são cadastrados continuamente DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas e mortas, e DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Quando há coleta de amostras para exame de DNA dos familiares da pessoa desaparecida elas são processadas nos laboratórios de genética forense e os DNAs obtidos são então inseridos nos bancos locais e nacional de DNA.
Estes perfis são comparados continuamente com DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas ou mortas, visando sua identificação. Caso seja identificado um vínculo genético e confirmada a identificação, os peritos vão fazer um laudo, notificar o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético da pessoa desaparecida (hospital, abrigo, IML, etc.). A família será informada da identificação pelo órgão competente.
(*As informações são da assessoria)