O clima seco e a falta de chuva por períodos prolongados podem causar grandes impactos na vida da população, que vão desde as queimadas que já consumiram 3.977.000 hectares do Pantanal (Lasa/UFRJ) ao cultivo de alimentos que tem um tempo certo para plantio. Por esses e tantos outros motivos é fundamental fazer o monitoramento climático.
Ocorre que o pouco volume e a má distribuição das chuvas ocorridas até o momento estão ligados ao La Niña que rege a primavera 2020 e deixa a regularização da umidade tardia, segundo especialistas. Essa condição já era prevista pelo prognóstico climático da estação que começou em 22 de setembro e vai até 21 de dezembro, e indica tendência de estiagem para algumas regiões do País, incluindo a centro-oeste.
Mesmo com chuvas isoladas que foram registradas nos últimos dias em Mato Grosso do Sul, inclusive com a presença de granizo, raio e ventos fortes, a estiagem e a fumaça que encobrem o céu do Estado só serão combatidos com a chegada de chuva generalizada com acumulados acima de 10 milímetros, explica a coordenadora do Centro e Monitoramento do Tempo e do Clima, Franciane Rodrigues.
“Isso ainda não ocorreu, mas a promessa é que as chuvas retornem nessa segunda quinzena com maior efetividade. Nossa última chuva significativa com acumulados elevados ocorreu entre 16 a 22 de agosto. Desde então, até ocorreram chuvas com potencial de tempestade localizados, mas nada significativo para sairmos da condição de tempo seco”.
Quando se fala em grandes volumes de chuva toda expectativa se volta para as queimadas no Pantanal. Tendência de precipitação emitida pelo órgão, indica que a próxima quinzena será marcada pelo retorno das chuvas generalizadas e com grandes acumulados sobre Mato Grosso do Sul.
As chuvas mais intensas e significativas devem iniciar no período entre 14 a 16 de outubro, com acumulados de até 40 milímetros já possibilitando o fim da estiagem. O segundo período, entre 21 a 29 de outubro, promete acumulados maiores que podem chegar a 70 milímetros. O alerta para a população é que as chuvas estimadas para os próximos dias podem vir acompanhadas de eventos adversos como raios, chuvas intensas, ventos fortes e granizo.
Falando em temperatura, os primeiros dias de outubro quebraram recordes históricos com uma intensa onda de calor que atingiu diversas áreas do País. Por aqui, as máximas registradas foram de 44,6°C em Agua Clara e de 41°C em Campo Grande, ambas no dia 5. Apesar disso, o esperado para o trimestre é de que as temperaturas fiquem até 2°C abaixo da média histórica, podendo registrar índices de 22,5°C a 27,5°C, sendo as mais elevadas na região pantaneira.
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