Realizada nesta quinta-feira (23), a sessão do Tribunal do Júri em Dourados, para julgar Caio Valvassori Staut, de 24 anos, acusado de matar com um tiro na nuca Marielle Andrade Vieira, em novembro de 2015, na cidade de Ivinhema, terminou no final da tarde e teve como resultado a condenação do réu por homicídio qualificado.
De acordo com o apurado pelo Nova News juntamente a um familiar de Marielle, ele foi condenado a 12 anos de reclusão, fixados inicialmente em regime fechado.
Conforme o Dourados News, os jurados acolheram integralmente os termos da denúncia oferecida pelo Ministério Púbico Estadual. Ainda de acordo com o site, por ter respondido ao processo em liberdade, o jovem poderá recorrer sem ser preso.
Manifestação
Empunhando faixas e clamando por justiça, familiares da jovem Marielle organizaram uma manifestação pacífica na manhã desta quinta-feira (23), em frente ao Tribunal do Júri de Dourados, onde ocorria o julgamento do acusado pelo crime.
“Queremos justiça pelo assassinato de Marielle”, “Nós ainda acreditamos na Justiça”, “Mais amor por favor” e até mesmo frases de cunho religioso como “Sou devota de Nossa Senhora Aparecida”, estampavam os cartazes e faixas ostentados pelos familiares em frente ao prédio do Poder Judiciário.
O caso
Conforme as investigações, no dia dos fatos, em 20/11/2015, o acusado e a vítima estariam na casa dele, momento em que ocorreu um disparo de arma de fogo que tirou a vida de Marielle.
Amigos relataram à polícia que o acusado era declaradamente apaixonado pela jovem, mas, essa paixão não seria correspondida o que, para as autoridades, poderia ser indício de um crime passional. Ele, por outro lado, disse que o disparo teria sido acidental.
Na época dos fatos, O Nova News apurou que o autor desfrutava de boa relação entre os familiares de Marielle, inclusive, ele teria estado na casa dela e conversado com a mãe da garota por volta do 12h de 20/11/2015, horas antes do homicídio.
De acordo com os relatos, Marielle e o acusado só voltaram a se encontrar à noite, já na residência do rapaz, que estava apenas na companhia de um adolescente, uma vez que seus pais estavam na cidade de Dourados. Ele, Marielle e o adolescente iriam a uma confraternização na casa de outros amigos.
Os dois rapazes foram se arrumar para a festa, um em cada cômodo da casa, e Marielle teria ido ao banheiro retocar a maquiagem e o penteado. Nesse momento ocorreu o disparo do revólver calibre 38.
Marielle foi encontrada morta dentro do banheiro. A porta estava aberta e não havia nenhum sinal de arrombamento. De acordo com a Polícia Civil, a cápsula do projétil que atingiu a jovem foi encontrada dentro do vaso sanitário e arma seria pertencente aos pais do autor.
O acusado foi preso na época, mas como já informado anteriormente, aguardava a chegada da data do júri popular em liberdade. (*Com informações do Dourados News)
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