Publicado em 08/10/2021 às 13:59, Atualizado em 08/10/2021 às 18:05
Denúncia foi noticiada pelo Jornal Midiamax, de Campo Grande, nesta sexta-feira (08)
Segundo reportagem publicada na manhã desta sexta-feira (08) pelo Jornal Midiamax, de Campo Grande, o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM) de Nova Andradina, tenente-coronel José Roberto, está sendo alvo de investigação por parte da Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que apura o suposto uso irregular de veículos oficiais para finalidades particulares.
Conforme a denúncia, o comandante estaria destinando três viaturas descaracterizadas para uso pessoal, inclusive com abastecimento pago pelo Estado. Ele, no entanto, nega tais acusações.
Denúncia encaminhada à Corregedoria e ao Ministério Público Militar apontam que o tenente-coronel trocou, sem justificativas claras, uma viatura da Ronda Escolar por uma caminhonete descaracterizada. A viatura da ronda teria sido obtida junto à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) após mobilização social.
Ainda segundo o sitre da Capital com base nos documentos, o denunciante pontua que a Mitsubishi L200 Triton tem sido usada para transporte de ração até uma propriedade rural do militar, localizada no município de Deodápolis. Outras duas viaturas descaracterizadas, sendo um automóvel Fiat Siena uma moto Honda XRE 300 também estariam sendo utilizadas de forma indevida.
“Para driblar uma investigação, ele sempre usa o cartão [de abastecimento] numa quinta-feira ou sexta-feira e depois no início da semana, às vezes usa o cartão em seu veículo particular. Comprovação pode ser aferida pelo cartão Taurus, com imagens de postos de combustíveis, que ele passa com a caminhonete carregada com insumos para sua propriedade rural”, diz a denúncia.
O Midiamax afirmou ainda que existem reclamações quanto à postura do comandante, que, conforme relatado, às vezes, se dirige de forma truculenta aos subordinados. Além disso, há registro de insatisfação policial com a atual gestão. As alegações são de que aos finais de semana, por exemplo, apenas dois policiais circulam de viatura na cidade, que conta com cerca de R$ 60 mil habitantes.
Outro lado
Ao jornal da Capital, o tenente-coronel José Roberto afirmou que está sendo alvo de perseguição em Nova Andradina, justamente em razão do trabalho que tem desempenhado, que resultou em mudanças na estrutura e na retirada de policiais da zona de conforto.
Ele afirma que está há 18 meses no comando do 8° BPM e, desde então, a região do Vale do Ivinhema, que compreende Nova Andradina, Ivinhema, Batayporã, Taquarussu, Angélica, Anaurilândia, Novo Horizonte do Sul e distritos, foi considerada uma das mais seguras, como consequência do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar.
Com relação à denúncia referente às viaturas, o militar afirmou ao Midiamax que os três veículos citados são descaracterizados e foram solicitados para uso do setor de inteligência. Explicou, inclusive, que trocou a viatura caracterizada com o Batalhão de Choque e recebeu a caminhonete Mitsubishi para uso em diligências de inteligência, a fim de justamente dificultar a identificação policial.
Ele nega que tenha usado os veículos para fins particulares e que em todas as vezes que os usou foi para viagens e prestação de serviços.
“Nunca. Em nenhum momento foi usado [algum veículo] por esse comando para fins particulares”, disse. Sobre o uso dos cartões, também afirmou ser transparente com os gastos. “Eu desafio a me apresentar todos os abastecimentos. Todos os gastos são monitorados, registrados. Me mostrem onde foi e quem abasteceu. Eu tenho senha pessoal e a uso. Muitas vezes viajo com viatura, motorista e uso minha senha, mas sempre viagens oficiais. Desafio aqui qualquer um a comprovar qualquer abastecimento indevido”, destacou.
José Roberto disse ainda que já prestou esclarecimentos junto à Corregedoria da PM e faz questão que a denúncia seja devidamente apurada. “Sobre o transporte de ração, eu tenho propriedade rural, sou produtor rural e produzo ração, mas desafio a apresentarem prova nesse sentido, não tem nada a ver. Quando fui informado do recebimento da denúncia, fiz questão que a Corregedoria investigasse”, finalizou ele, lembrando que ainda promoveu melhorias na estrutura do Batalhão e deu melhores condições de trabalho aos subordinados. (As informações são do Jornal Midiamax).
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