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Crueldade sem arrependimento de assassino de mãe e bebê em MS choca até delegados experientes

Policiais contam que precisaram interromper depoimento de João que disse ter se "livrado de problema"

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João beijando a filha que matou esganada nesta segunda-feira (27) - Foto: Divulgação - Reprodução CG NEWS

A confissão de João Augusto Borges, assassino de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha de apenas dez meses, chocou até os delegados da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa). Segundo eles, a crueldade e a falta de arrependimento do homem fizeram os profissionais interromperem o depoimento para se recompor.

"Tivemos que parar no meio da fala. Eu, como pai, e também os outros policiais, com mais de vinte anos investigando homicídios, nunca vimos tamanha brutalidade e frieza em alguém ao relatar que matou e esganou a criança, em detalhes muito grotescos", relatou o delegado responsável pela investigação, Rodolfo Daltro.

João foi preso na manhã de terça-feira (27), após procurar uma delegacia para registrar o desaparecimento da esposa. Ele confessou ter matado e carbonizado os corpos da mulher e da filha na segunda-feira (26), por estar "cansado" do relacionamento e não querer pagar pensão alimentícia.

De acordo com as informações policiais, João matou a própria família durante o intervalo do almoço, por meio de esganamento. Em seguida, voltou a trabalhar normalmente até o final do expediente. Segundo o delegado, os detalhes sobre como João descreveu a morte da bebê de dez meses serão preservados por terem caráter "grotesco".

Durante o depoimento, o Homem demonstrou completa ausência de remorso. Em certo momento, chegou a afirmar que havia “dormido melhor” após cometer os assassinatos, porque, segundo ele, havia se livrado de um problema. A frieza da declaração causou ainda mais indignação entre os policiais que o ouviam.

Para os investigadores, João afirmou que não se arrepende. Ainda conforme Daltro, a possibilidade de surto psiquiátrico foi descartada.

Crime premeditado - Inicialmente, João afirmou na delegacia que havia cometido o crime sob influência de terceiros, mas essa versão foi descartada. Segundo o delegado Rodolfo Daltro, a polícia trabalha com a hipótese de premeditação.

“Há dois meses, ele relatou a uma testemunha que tinha intenção de matar a esposa e a filha. Como parecia absurdo, a pessoa não levou a sério. Hoje, essa testemunha nos procurou”, afirmou o delegado.

O caso - Por volta das 23h de segunda-feira (27), equipes da Polícia Militar foram acionadas após denúncia de incêndio em uma área de vegetação na Rua Desembargador Ernesto Borges, na região do Indubrasil. Os corpos de Vanessa e da filha foram encontrados em chamas, no fim de uma rua sem saída.

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