Publicado em 02/03/2023 às 10:11, Atualizado em 02/03/2023 às 14:13
Um defensor público que já atuou anteriormente nas comarcas de Nova Andradina e de Batayporã e que, atualmente, desempenhava suas atividades em Campo Grande, foi afastado do cargo sob suspeita de favorecer uma organização criminosa que atua em Mato Grosso do Sul.
Nesta quarta-feira (01), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação “Maître” (Mestre), que integra a segunda fase da Operação “Courrier”, para cumprimento de mandados de busca e apreensão em quatro endereços da Capital, aplicação de medidas cautelares diversas de prisão (proibição de manter contato por qualquer meio com investigados da “Courrier” e proibição de acesso a órgãos públicos e seus sistemas, sobretudo à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, salvo quando intimados) e suspensão da função do defensor público.
Nesta etapa da investigação, são apurados crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada, atribuídos a um advogado apontado como “gravata” da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e que já se encontra custodiado preventivamente, um defensor público e seu ex-assessor, também advogado.
Participaram da operação quatro promotores de Justiça e 20 policiais do GAECO, sendo que, as diligências também foram acompanhadas pela Defensoria-Geral, pela Corregedoria-Geral da Defensoria Pública e pela Comissão de Defesa e Assistências das Prerrogativas dos Advogados (CDA/OAB/MS).
O nome da operação faz alusão à forma pela qual os demais integrantes da associação criminosa referiam-se ao defensor público, denominando-o “Mestre”. Maître, em francês, que é tratamento conferido aos operadores do Direito. (As informações são do MP-MS).
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