Publicado em 02/09/2020 às 07:18, Atualizado em 02/09/2020 às 11:24
Entorpecente foi tirado de circulação em Maracaju na semana passada
A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e o Departamento de Operações de Fronteira (DOF), realizam nesta quarta-feira (02), em Dourados, a incineração de 33,3 toneladas de maconha, tiradas de circulação em Maracaju na semana passada, na maior apreensão de drogas já realizada no Brasil.
A incineração, autorizada pelo Poder Judiciário, ocorre na Farinheira São Francisco, localizada na Avenida Três, no Distrito Industrial de Dourados, com as presenças de peritos criminais, juízes, promotores, do diretor do DOF, tenente-coronel Wagner Ferreira, e do titular da Defron, delegado Ricardo Cavagna.
Seguindo todas as normas de biossegurança em vigor, por conta da pandemia de Coronavírus, o ato de incineração será aberto à imprensa.
Recorde histórico
Mato Grosso do Sul é recordista histórico de apreensões de drogas do Brasil. O Estado fechou o mês de agosto com quase 520 toneladas de drogas apreendidas. Desse total, mais de 508 toneladas são de maconha, 1,7 toneladas são de cocaína e 8,4 toneladas de outros tipos de drogas, incluindo as sintéticas. As forças de segurança estaduais também apreenderam até 31 de agosto 670 quilos de pasta base de cocaína, 146,3 quilos de haxixe e 22,4 quilos de crack.
A maior parte das as apreensões, de 336,6 toneladas, aconteceram no interior do Estado e 182,4 toneladas na Capital. O aumento nas apreensões deste ano é de 109% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram tiradas de circulação mais de 248 toneladas de entorpecentes.
O secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, atribui as volumosas apreensões à pandemia de Coronavírus e a formação de consórcios pelas organizações criminosas. “Em 2019 nós tivemos diversas edições da operação Aliança, onde a Senad do Paraguai e a polícia brasileira destruíram centenas de hectares de plantações de maconha, neste ano as edições foram menores, aliado a isso houve uma grande produção de drogas e um aumento de consumo nos grandes centros. Ademais, percebemos claramente formações de verdadeiros consórcios de organizações criminosas, na tentativa de reduzir custos com os transportes de entorpecentes e de evitar grandes perdas com as apreensões, como vem acontecendo no Estado”, esclarece.
Os prejuízos do crime organizado com as apreensões realizadas em Mato Grosso do Sul ultrapassam R$ 2 bilhões, incluindo quase 520 toneladas de drogas, dinheiro em espécie e os mais de 500 veículos tirados de circulação com drogas ou com batedores.